Lançado nos cinemas brasileiros na última quinta-feira (14), Mouse Trap: A Diversão Agora é Outra promete mexer com os nervos do público que já está cansado das abordagens tradicionais de filmes de terror. A trama se passa em um fliperama de um parque de diversões, onde Alex (Sophie McIntosh) está celebrando seu aniversário de 21 anos de uma maneira bastante inusitada – trabalhando em um turno noturno.
Quando seus amigos chegam para surpreendê-la e fazer uma comemoração no local, o que era para ser uma celebração de aniversário rapidamente se transforma em um pesadelo mortal. Um assassino mascarado, vestido como o icônico ratinho Mickey Mouse, começa a caçar os jovens de maneira impiedosa.
Apesar de seu título aparentemente inofensivo, o filme não faz rodeios ao estabelecer sua proposta. O assassino mascarado impõe um jogo cruel em que Alex e seus amigos devem lutar pela sobrevivência. O fliperama, que deveria ser um local de diversão e nostalgia, se torna um cenário de terror.
O uso do Mickey Mouse como referência para o assassino em Mouse Trap é a decisão mais ousada e provocativa da produção. Com a entrada do personagem no domínio público, a ideia de transformar o icônico rato em um vilão assassino faz referência a outras produções que também pegaram personagens infantis e os transformaram em figuras aterrorizantes, como Ursinho Pooh: Sangue e Mel e A Maldição de Cinderela, mas a escolha de Mickey Mouse aqui se destaca pela ousadia de mexer em um patrimônio cultural.
Abordagem Ousada
O filme é ambientado quase inteiramente no fliperama chamado Fun Haven, onde Alex e seus amigos ficam presos. O local, que deveria ser um ponto de lazer e diversão, é transformado em um labirinto de medo e tensão repleto de referências ao Mickey Mouse. O proprietário do fliperama, Tim Collins (Simon Phillips), é uma figura misteriosa, cuja presença parece ter algum vínculo com o assassino mascarado.
Mouse Trap intercala a história com cenas de interrogatório de Rebecca (Mackenzie Mills), acusada de ser a responsável pelos assassinatos. Este estilo de contar a história através de múltiplas perspectivas, como o interrogatório e os eventos dentro do fliperama, tem a intenção de confundir o espectador e colocá-lo em um estado constante de dúvida.
Embora Mouse Trap seja classificado como um filme de terror, sua abordagem mistura elementos de horror psicológico, suspense e um toque de absurdo. O assassino não segue um padrão típico de vilão, e suas ações muitas vezes parecem desconectadas da realidade, dando ao filme uma sensação de irreverência e desconcerto, desafiando as convenções do gênero de terror.
A produção também deixa a porta aberta para uma possível continuação. Após o clímax do filme, uma cena pós-créditos sugere que o universo criado por Bailey pode continuar a se expandir. Embora o filme não forneça todas as respostas, ele deixa pistas suficientes para que os fãs especulem sobre o futuro dos personagens.
Mouse Trap: A Diversão Agora é Outra é uma experiência única e, com certeza, memorável para os fãs de terror e para aqueles que estão em busca de algo diferente. Com uma premissa ousada de um Mickey Mouse assassino, o filme se estabelece como uma obra ousada dentro do subgênero de terror bizarro.
O filme está em cartaz nos cinemas brasileiros.