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As maiores surpresas e injustiças do Globo de Ouro 2020

A cerimônia do Globo de Ouro 2020 aconteceu no último domingo (5) e trouxe uma grande parcela de surpresas.

Nesta breve análise, falaremos sobre as principais surpresas e injustiças na premiação do cinema e da TV.

Confira abaixo.

Surpresa: O amor por 1917

Havia muito burburinho em torno de O Irlandês, o drama de História de um Casamento e até mesmo Coringa, da DC, trazia boas chances. Quase ninguém apostava em 1917, épico de guerra de Sam Mendes que chegou atrasado na corrida, mas saiu com os prêmios de Melhor Filme de Drama e Melhor Direção. Temos um novo jogador de peso na corrida.

Injustiça: História de um Casamento sem louvor

Talvez o melhor filme que a Netflix já produziu, História de um Casamento acabou pouco lembrado nesse Globo de Ouro. Sua grande chance estava na categoria de Melhor Roteiro (era o melhor dos indicados), mas acabou sendo lembrado apenas em uma vaga, que discutiremos a seguir.

Surpresa: Laura Dern, enfim reconhecida

O nome de Laura Dern vinha sendo jogado com força por História de um Casamento, ainda mais considerando que a atriz nunca foi premiada por seus trabalhos no cinema. Jennifer Lopez tinha o favorito por As Golpistas (afinal, o Globo de Ouro tende a ser mais pop), e tivemos essa merecida surpresa com Dern sendo reconhecida.

Injustiça: A grande atuação de Eddie Murphy, esnobada

Taron Egerton certamente mereceu o reconhecimento por sua ótima performance em Rocketman, mas que pena que Eddie Murphy ficou de fora. O ator entrega a melhor atuação de sua carreira no divertidíssimo Meu Nome é Dolemite, que também merecia mais amor em um ano menos competitivo.

Surpresa: O Link Perdido detona Disney

Talvez a grande zebra da noite. A Disney tinha nada menos do que três títulos em competição: Frozen 2, O Rei Leão e Toy Story 4, mas nenhum deles foi capaz de bater O Link Perdido. A animação da Laika foi um fracasso de bilheteria, mas dizem os cochichos que o estúdio fez uma bela campanha para a HFPA. Isso não deve se repetir no Oscar, porém. 

Injustiça: Ana de Armas esnobada

A categoria de Melhor Atriz em Filme de Comédia/Musical era uma das mais fracas, e por mais que Awkwafina esteja muito bem em A Despedida, esse troféu deveria ter ido para as mãos de Ana de Armas. A atriz cubana arrasa em Entre Facas e Segredos, conseguindo ser o grande destaque dentre um elenco repleto de estrelas e nomes de peso.

Surpresa: Stellan Skarsgard lembrado

O fenômeno Chernobyl pelas premiações se manteve aqui, com Stellan Skarsgard sendo merecidamente reconhecido por seu trabalho na minissérie da HBO. É uma grande atuação, e vem como surpresa, já que todos apostavam em Andrew Scott (Fleabag) ou Kieran Culkin (Succession).

Injustiça: Jared Harris esquecido

Chernobyl foi lembrado em Melhor Minissérie e Ator Coadjuvante, mas sua grande estrela acabou esquecida. Jared Harris perdeu para Russell Crowe, representando um momento bem triste, já que o trabalho do ator na minissérie é nada menos do que fenomenal – e também foi esnobado no Emmy do ano passado.

Surpresa: Era Uma Vez em Hollywood é o novo frontrunner

Realmente, subestimamos o amor da HFPA por Quentin Tarantino. Era Uma Vez em Hollywood foi o grande vencedor da noite com 3 vitórias: Melhor Filme de Comédia/Musical, Melhor Roteiro e Melhor Ator Coadjuvante para Brad Pitt. Isso solidifica o filme de Tarantino como um dos jogadores de peso da temporada, no que pode culminar na primeira vitória do diretor na categoria central do Oscar.

Injustiça: Meryl Streep esquecida

Tudo bem, Meryl Streep não tem carência alguma de prêmios. Mas sua performance como a detestável Mary Louise na segunda temporada de Big Littles (que só decola quando a atriz está em cena) merecia ser reconhecida aqui.

Surpresa: Mais Olivia Colman!

Após ter ganhando o Oscar de Melhor Atriz por A Favorita no começo do ano passado, Olivia Colman retorna com tudo para mais um papel da realeza. Assumindo o manto adotado por Claire Foy em The Crown, Colman desbanco o favoritismo que circulava Jennifer Aniston, que tinha tudo para se consagrar com The Morning Show.

Injustiça: Derrota de Bill Hader 

Bill Hader já teve seu trabalho em Barry reconhecido pela primeira temporada, mas ele realmente deveria ter repetido a dose aqui. O novo ano da série da HBO é ainda melhor, justamente pelo trabalho excepcional do ator.

Surpresa: Apple não emplacou

A HFPA tem uma tradição de abraçar novas séries, então havia um favoritismo ao redor de The Morning Show, que marca a incursão da Apple no ramo do streaming. A série acabou saindo sem prêmio algum, mostrando que o Apple TV+ ainda não teve sua grande chegada na temporada de prêmios.

Injustiça: O Irlandês zerado

Considerado um dos grandes filmes de 2020, e também da carreira de Martin Scorsese, O Irlandês surpreendente foi um dos longas sem qualquer prêmio. Havia a possibilidade do filme levar Filme e até Diretor, mas o drama de máfia acabou zerado, diminuindo suas chances como grande jogador da temporada.

Surpresa: Dobrada de Patricia Arquette

A categoria de Melhor Atriz Coadjuvante em TV parecia bem dividida entre Helena Bonham Carter (por The Crown) e Meryl Streep (o grande destaque da segunda temporada de Big Little Lies). Não deu pra nenhuma das duas, e Patricia Arquette venceu mais uma vez (no ano passado, ela levou por Escape at Danemora), agora pelo drama The Act.

Injustiça: Frozen 2 não levar canção

Já era esperado que Elton John fosse premiado por “I’m Gonna Love Me Again”, canção inédita da cinebiografia Rocketman, então eu sabia que essa reclamação estava chegando. A canção de Frozen 2, “Into the Unknown”, é bem superior à música do filme de Dexter Fletcher. Na verdade, diversas músicas de Frozen 2 mereciam mais amor nessa categoria.

Surpresa: Prazer, Ramy Youssef

O Globo de Ouro 2020 começou com surpresa ao trazer Ramy Youssef, um nome pouco conhecido entre os membros da indústria. O comediante, que estrela uma série inspirada em sua própria vida, desbancou apostas mais certeiras como Bill Hader e Michael Douglas.

Injustiça: Não adiantou pra Helena Bonham Carter falar com os mortos

Um dos grandes destaques da terceira temporada de The Crown foi a performance de Helena Bonham Carter como a Princesa Margaret. A atriz até comentou que se comunicou (com a ajuda de uma médium) com a falecida princesa para pedir ajuda para o papel. Não lhe garantiu um Globo de Ouro, porém.

Surpresa: Russell Crowe está de volta!

Outra grande surpresa logo no começo da cerimônia foi a vitória de Russell Crowe, que viveu o controverso Roger Allies na minissérie The Loudest Voice (que aborda o mesmo tema de O Escândalo, filme de Jay Roach). O ator não compareceu à cerimônia, mas é um grande retorno para o ator.

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