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Só bafo e confusão: as polêmicas que a Netflix quer que você esqueça

Com um mercado de streamings cada vez mais concorrido, a Netflix faz o que pode para continuar na liderança. A plataforma investe bilhões de dólares em conteúdo original todos os anos, objetivando dar aos fãs inúmeras opções de filmes e séries.

Uma empresa tão presente na vida das pessoas, no entanto, nunca é imune a polêmicas e controvérsias. Por se tratar de uma parte importante do mundo do entretenimento da atualidade, a Netflix já se envolveu em várias situações problemáticas.

O site What Culture listou as maiores polêmicas da história da Netflix, de boicotes a incidentes internacionais.

Confira abaixo!

O problema de Atypical

Embora tenha feito sucesso com o público, Atypical foi muito criticada por publicações especializadas e entidades de apoio à pessoas com transtornos mentais. Atypical conta a história de Sam Gardner, um jovem com autismo e sua relação com a família, amigos e sociedade. Segundo especialistas consultados por sites como The Telegraph e Teen Vogue, a caracterização do autismo na primeira temporada foi “estereotipada”, “clichê” e “irreal”. Além disso, a ausência de atores que realmente sofrem com autismo também foi questionada. A segunda temporada melhorou estes aspectos, e foi elogiada por seu comprometimento e atenção às críticas.

Acessibilidade

Essa polêmica marcou os primeiros anos da Netflix, e já foi consertada nos dias atuais. Em vários filmes americanos e produtos de língua inglesa, a plataforma falhou em disponibilizar legendas e descrições de áudio para pessoas com deficiências auditivas. A plataforma inclusive chegou a ser processada por grupos de apoio à pessoas surdas ou com problemas auditivas. Com o tempo, o problema foi sendo corrigido e hoje todas as produções da plataforma contam com legendas.

O escândalo de Kevin Spacey

A polêmica de House of Cards é bem conhecida pelo público. A pioneira produção da Netfix sofreu um enorme baque com as várias acusações de abuso e assédio sexual envolvendo Kevin Spacey, que na época interpretava o protagonista Frank Underwood. A plataforma respondeu ao escândalo com firmeza e seriedade, demitindo o ator da produção e elevando Robin Wright ao posto de personagem principal, na pele de Claire Underwood. Mesmo assim, a série contou com apenas uma temporada final após a demissão de Kevin Spacey.

Práticas abusivas

Em setembro de 2016, a Netflix foi processada pela 20th Century Fox por uma prática conhecida como “poaching” ou “espezinhamento”. Segundo a ação, a Netflix “selecionou, recrutou e ‘roubou’ valiosos executivos da Fox ao induzí-los a romperem seus contatos com a emissora para trabalharem na plataforma”. O processo se referia especificamente à contratação de Tara Flynn e Marco Waltenberg, que na época ainda estavam sob contrato com a Fox. A Netflix respondeu com outra ação, acusando a Fox de dificultar a sua entrada no mercado competitivo do cinema e TV.

Mais um escândalo

The Ranch foi por um bom tempo uma das sitcoms mais bem sucedidas da Netlix. Em março de 2017, a plataforma foi obrigada a lidar com mais um escândalo sexual envolvendo um dos protagonistas da série. Danny Masterson foi acusado de estupro por 5 mulheres. Embora o ator não tenha sido processado pelo crime, ele foi demitido pela plataforma em 2017. Para piorar ainda mais a situação, Masterson tinha envolvimento com a Cientologia, que supostamente tentou impedir que as alegações fossem divulgadas.

As 13 polêmicas

Talvez a maior polêmica que a Netflix já se envolveu seja a de 13 Reasons Why. A série é uma das mais vistas da plataforma, e conta a história do suicídio da jovem Hannah Baker e suas repercussões em sua família e amigos. Na primeira temporada da série, a cena em que a protagonista comete o ato final foi extremamente criticada pela maneira irresponsável como trata o tema. A sequência mostra em detalhes Hannah cortando seus pulsos e sangrando até morrer em uma banheira. Segundo especialistas e organizações de apoio à saúde mental, a cena “glamourizou” o suicídio e pode incentivar adolescentes a fazerem o mesmo. Segundo um estudo publicado pelo Centro de Controle de Doenças do Estados Unidos, o número de suicídios entre crianças e adolescentes (de 10 a 17 anos) no país aumentou 28.9% nos meses subsequentes ao lançamento da série.

Racista?

Em janeiro de 2018, a atriz e comediante Mo’nique postou em seu Instagram um vídeo no qual afirmava que a Netflix não valorizava mulheres negras como artistas. Mo’nique, que já foi premiada com um Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, recebeu uma oferta de 500 mil dólares para a produção de um especial de comédia para a Netflix. Na mesma época, Amy Schumer, uma comediante branca, recebeu a mesma oferta por 11 milhões de dólares. A atriz chegou a processar a Netflix por discriminação.

Pagamento injusto

The Crown é uma das séries mais bem sucedidas da Netflix, mesmo tendo também uma das mais caras da plataforma. Aclamada por público e crítica e premiada com Emmys, Globos de Ouro e outros reconhecimentos, a série foca na vida e reinado da Rainha Elizabeth II, atual monarca do Reino Unido. No ano passado, a série se envolveu em uma polêmica relacionada à disparidade salarial entre atores e atrizes. Foi noticiado que Matt Smith, que interpretou o Príncipe Philip, ganhava mais que Claire Foy, que viveu a protagonista Elizabeth. Foy ganhou 40 mil dólares por episódio, e o salário de Smith não foi revelado. Os produtores da série pediram desculpas e afirmaram que a próxima atriz escolhida para interpretar a Rainha receberia um salário igual ou superior ao do novo Príncipe Philip.

Uma polêmica brasileira

Além de contar com leis rígidas em relação ao consumo de drogas, a Singapura também é conhecida por sua censura ideológica aos meios de comunicação, principalmente no que diz respeito a temas religiosos. Por isso, a Netflix removeu de seu catálogo no país o filme Se Beber Não Ceie, da Porta dos Fundos. O mesmo aconteceu com o filme A Primeira Tentação de Cristo. No Brasil, o lançamento do especial também foi alvo de protestos de grupos religiosos, e a sede da Porta dos Fundos chegou a sofrer um atentado terrorista que visava a censura da comédia.

Pseudociência?

The Goop Lab, série documental produzida e criada por Gwyneth Paltrow, estreou na Netflix prometendo abordar uma série de métodos de terapia física e emocional não ortodoxos. A produção causou polêmica antes mesmo de estrear. Como uma empresa de entretenimento, a Netflix tem direito de colocar qualquer conteúdo no ar. No entanto, a plataforma deve analisar os efeitos de um conteúdo fictício sendo divulgado como factual para um grande número de pessoas, dado o potencial da companhia. The Goop Lab foi extremamente criticada por promover “pseudociência”, e métodos que não tinham nenhuma comprovação real.

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