Sucesso na Netflix, a série brasileira Cidade Invisível se destaca pela participação das entidades mais icônicas do folclore nacional – como a Cuca, o Curupira, o Saci e, mais recentemente, a Mula Sem Cabeça. Enquanto a plataforma não renova a série para a 3ª temporada, os fãs já sugerem lendas que podem aparecer nos próximos episódios.
“Depois de voltar à vida em águas sagradas, um homem faz de tudo para encontrar a filha. Nessa busca, ele descobre sua verdadeira natureza”, diz a sinopse oficial da 2ª temporada de Cidade Invisível.
Criada por Carlos Saldanha (Rio), Cidade Invisível tem Marco Pigossi (Tidelands), Alessandra Negrini (Travessia), Julia Konrad (1 Contra Todos), Simone Spoladore (Desmundo) e Zahy Tentehar (Independências) no elenco.
Mostramos abaixo 7 lendas do folclore brasileiro que queremos ver na 3ª temporada de Cidade Invisível; confira!
Loira do Banheiro
Nada melhor do que começar por uma lenda urbana, certo? A história da Loira do Banheiro não nasceu no Brasil. Na verdade, esse mito é relativamente universal. Em outros países, a Loira do Banheiro também é conhecida como “Mulher de Branco” ou “Maria Sangrenta”.
Segundo o folclore urbano, a Loira do Banheiro aparece, primordialmente, nos banheiros de escolas. Para invocá-la, os alunos têm que fazer uma espécie de “ritual”, que varia de região a região. Mas uma coisa é consenso: a Loira sempre aparece com o rosto sangrando e algodão no nariz.
Boitatá
A lenda do Boitatá, definitivamente, é uma das mais famosas do Brasil. O fato dessa criatura folclórica ainda não ter aparecido em Cidade Invisível é uma grande surpresa! Como a lenda do Boitatá vem do folclore indígena, sua utilização na 3ª temporada da série faz todo o sentido.
No folclore brasileiro, o Boitatá é descrito como uma enorme serpente de fogo que, assim como o Curupira, protege as matas e florestas. De maneira semelhante ao Basilisco da saga Harry Potter, o Boitatá tem o poder de matar (ou enlouquecer) todas as pessoas que olham diretamente em seus olhos.
Caboclo d’Água
A entidade mística Caboclo d’Água é conhecida, principalmente, nos estados do Sudeste e do Nordeste. De acordo com as tradições locais, essa criatura é uma defensora do Rio São Francisco, conhecida por virar e afundar embarcações de pescadores.
É para esconjurar o Caboclo d’Água que os marujos do São Francisco esculpem carrancas na proa dos barcos. O ser mítico é descrito como uma entidade troncuda e musculosa, com a pele cor-de-bronze e características sirênicas. Apesar do físico imponente, ele consegue se movimentar pelas águas com grande rapidez.
Cabra Cabriola
Vindo das lendas portuguesas, a Cabra Cabriola é uma espécie de bicho-papão. Essa assustadora entidade se alimenta de crianças malcriadas que desobedecem os pais. Reza a lenda que, sempre que uma criança pequena começa a chorar do nada, a Cabra Cabriola está por perto.
O visual da Cabra Cabriola varia de acordo com cada versão da lenda, mas em via de regra, essa criatura folclórica é caracterizada como uma cabra que anda sobre duas patas. A lenda diz também que, enquanto devora as crianças, a Cabra Cabriola canta a seguinte canção:
“Eu sou a Cabra Cabriola, que como meninos aos pares, também comerei a vós, uns carochinhos de nada.”
Cabeça Satânica
Também conhecida como “Cabeça Errante”, a Cabeça Satânica é, definitivamente, uma das entidades mais assustadoras do folclore nacional. Conhecida principalmente nos estados do Nordeste (particularmente em Pernambuco), essa lenda é perfeita para uma trama de terror em Cidade Invisível 3.
De acordo com o folclore, a Cabeça Satânica é uma cabeça decepada de cabelos compridos que se desloca rolando ou saltitando pelo chão, mostrando os olhos arregalados e amedrontadores, sempre com um grande sorriso enigmático estampado na face. As pessoas que presenciam essa visagem, na maioria das vezes, são levadas à loucura.
Paga Figo
Caracterizado às vezes como um “homem do saco”, e às vezes como uma espécie de feiticeiro, o Papa Figo é um ser folclórico que vaga pelas cidades em busca de crianças para matar. Ele se alimenta do sangue e do fígado de garotos e garotas que contam mentiras.
Uma das versões da lenda diz que o Papa-Figo sofre de uma doença rara que provoca deformidades físicas e sofrimento mental. Ele acredita que o sangue e o fígado de crianças podem curar essa doença, e por isso, faz de tudo para consumí-los.
Pisadeira
Finalmente, temos a Pisadeira, outra criatura folclórica pra lá de assustadora. Esse mito é conhecido, principalmente, em São Paulo e Minas Gerais – descrevendo uma criatura sobrenatural que pisa na barriga das pessoas à noite e as deixa sem fôlego.
A Pisadeira é descrita como uma mulher magra, com dedos compridos e secos, cabelos desgrenhados, pernas curtas, unhas enormes e uma gargalhada de arrepiar. Segundo a lenda, ela pisa sobre o estômago das pessoas que vão dormir de barriga cheia, provocando pesadelos e falta de ar. Ao que tudo indica, a lenda surgiu para explicar o fenômeno real da paralisia do sono.
Todos os episódios de Cidade Invisível estão disponíveis na Netflix.