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Disney sempre erra com sequências e Frozen 2 é a prova; confira

Fazer continuações é sempre mais difícil do que acertar de primeira. No grande panteão de filmes da Disney, isso se provou verdade, desde suas animações clássicas até o braço da Pixar.

Separamos aqui uma lista com as continuações mais medíocres (ou que simplesmente não atingiram o nível do original) que a Disney já lançou.

Frozen 2 era uma animação aguardada e que poderia quebrar essa maldição. Porém, apesar de um filme elogiado, a continuação mostrou que a Disney segue repetindo os erros com sequências.

Confira abaixo a lista com outros exemplos.

O Rei Leão 2: O Reino de Simba (1998)

É realmente difícil seguir um dos grandes clássicos da história do estúdio. O Rei Leão é praticamente perfeito em seus arcos e desenvolvimento, e infelizmente O Reino de Simba falha ao trazer uma história mais fraca e personagens pouco cativantes no protagonismo, ainda que não seja um desastre absoluto.

Pocahontas II: Uma Jornada para o Novo Mundo (1998)

Assim como A Pequena Sereia 2, a continuação de Pocahontas começa com a premissa certa ao inverter os papéis: agora é a vez da princesa indígena sair da floresta e ir para a Inglaterra, conhecendo o “novo mundo” do título. O problema é que a história rebaixa a personagem completamente, deixando-a perdida em um triângulo amoroso sem sentido e que desfaz diversas realizações importantes do primeiro filme.

A Bela e a Fera: O Mundo Mágico de Bela (1998)

Nessa lista tivemos continuações, prelúdios e agora temos um “interlúdio”. Composto de três curtas que exploram temas diferentes, O Mundo Mágico de Bela é ambientado no período em que a protagonista estava vivendo no castelo da Fera – uma tentativa bem deselegante de tentar capitalizar em cima de uma trama perfeitamente fechada e redonda.

A Pequena Sereia II: O Retorno para o Mar (2000)

A continuação da história de Ariel faz uma boa inversão de papéis, ao trazer a filha da protagonista que investiga seu legado como a filha de uma sereia; almejando seu retorno ao mar. Infelizmente, o roteiro não aproveita todo o potencial da ideia, além da nova vilã (uma bruxa do mar) deixar a desejar a relação à icônica Ursula. 

A Dama e o Vagabundo 2: As Aventuras de Banzé (2001)

O modelo de continuação da Disney certamente foi bem baseado nos filhos de seus grandes protagonistas. Seguindo o exemplo de Rei Leão e A Pequena Sereia, a continuação de A Dama e o Vagabundo acompanha Banzé, filhote dos cachorrinhos do original. A fraca história acompanha o filhote se juntando a uma gangue de cães de ruas, apelando para repetição ao ter mais um romance central.

Peter Pan, de Volta à Terra do Nunca (2002)

Uma das grandes histórias da Disney, e que segue tendo releituras e interpretações modernas até hoje. Mesmo após o clássico animado, a Disney apostou em uma sequência bem mediana que aposta na filha de Wendy descobrindo a Terra do Nunca. Não deu muito certo, e a boa continuação de Peter Pan segue sendo Hook: A Volta do Capitão Gancho, um dos filmes mais subestimados de Steven Spielberg.

O Corcunda de Notre Dame II (2002)

Subestimado e sem a grande parcela de fãs que realmente merece, O Corcunda de Notre Dame se destaca pelo tom melancólico e o final agridoce, onde o protagonista aceita uma vida sem sua amada. Sem problema, já que o dispensável segundo filme traz um novo interesse amoroso e um tom bem menos ousado.

Cinderela 2 e 3 (2002, 2007)

Quem diria que Cinderela viria a se tornar uma trilogia? O segundo filme é repetitivo e sem ideias originais (em cima da moral do primeiro, sobre ser você mesmo), enquanto o terceiro chuta o balde e coloca viagem no tempo (!) na história!

Mogli: O Menino Lobo 2 (2003)

Antes de Jon Favreau chegar com seu remake live-action/CGI impressionante, a Disney já tentara dar sequência ao Livro da Selva nos anos 2000. O filme tenta repetir a dinâmica de Mogli e Baloo do clássico, o que acaba gerando uma experiência redundante e até incongruente, considerando o final mais sóbrio do primeiro.

Atlantis: O Retorno de Milo (2003)

Nos anos 2000, a Disney apostava pesado na construção de uma franquia de aventura com Atlantis: O Reino Perdido. O filme não foi tão bem sucedido, mas o estúdio seguiu em desenvolvimento com uma série de TV. Os três primeiros episódios foram condensados e editados   em um filme, que acabou sendo mais esquecível do que o primeiro.

Mulan II: A Lenda Continua (2004)

O primeiro Mulan é um dos melhores filmes da História da Disney, especialmente por apresentar uma princesa diferente e transgressora na forma da heroína chinesa. O segundo filme é uma grande decepção por abraçar o tradicional, tanto no retrato de Mulan, agora bem menos radical e transgressora do que no primeiro. Dispensável.

Lilo & Stitch 2: Stitch deu Defeito (2005)

A Disney até conseguiu surfar no sucesso da aventura havaiana sci-fi do primeiro Lilo & Stich com um derivado sobre o experimento alienígena, Stitch: O Filme. Foi quando o estúdio resolveu apostar em um segundo filme da dupla que o resultado foi bem mais fraco. Apesar de contar com o charme dos protagonistas, a trama de Stitch deu Defeito (que envolve o bichinho alienígena recuperando sua natureza destrutiva) simplesmente não convence.

Bambi 2 (2006)

Nada menos do que 64 anos separam o Bambi original de sua continuação, que aproveita lacunas da história do primeiro para desenvolver um novo conto. Não chega a ser exatamente ruim, mas não traz nada de novo e é completamente desnecessário – carecendo do fortíssimo fator emocional do primeiro.

Carros 2 (2011)

A grande mancha no currículo quase impecável da Pixar. O primeiro Carros não era exatamente uma obra-prima, passando como entretenimento inofensivo, mas o segundo é simplesmente entediante, brega e absolutamente dispensável. 

Universidade Monstros (2013)

Não é exatamente uma continuação, e sim um prelúdio, mas não deixa de ser um novo capítulo da história dos monstros Mike e Sully. Por mais que tenha uma ideia fenomenal ao mostrar uma universidade dedicada ao treinamento de sustos e terror, Universidade Monstros não tem a magia ou o carisma do filme original; sendo efetivamente mais sem graça.

Os Incríveis 2 (2018)

Talvez a maior decepção dessa lista. Brad Bird entregou um dos melhores filmes da Pixar com Os Incríveis, uma divertida e envolvente análise do mito do super-herói. Os fãs esperaram 14 anos para a continuação, que se revelou como uma mera repetição de tudo o que o original já havia feito; e melhor. 

WiFi Ralph: Quebrando a Internet (2018)

Lançado cinco anos após o original, a continuação de Detona Ralph não é ruim, longe disso. É um bom filme que faz bom uso das referências na internet, mas que não alcança o mesmo patamar do excelente primeiro filme – além de soar tematicamente repetitivo. 

Malévola: Dona do Mal (2019)

Abrimos uma exceção para live-action aqui, porque o tamanho do erro do segundo filme solo de Malévola foi gigantesco. Angelina Jolie mal aparece na péssima continuação do (razoável) filme de 2014, deixando o espectador em uma história quase inexistente e povoada de conceitos tediosos. Uma tortura!

Frozen 2 (2019)

Frozen 2 se tornou o maior filme de animação de todos os tempos. Isso mostra o tamanho do hype dos fãs após o elogiado primeiro longa de 2013, e financeiramente o resultado foi bem positivo. Em termos de qualidade, Frozen 2 certamente não é ruim, mas fica bem abaixo do original, falhando em ter uma história tão redonda ou inovadora quanto a do primeiro.

Frozen 2 está disponível no Disney+.

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