Com Emma Watson estrelando como Bela na mais recente adaptação com atores da Disney de um filme de animação clássico, a ambiguidade moral de A Bela e a Fera está mais uma vez sendo amplamente discutida.
Um professor tentou trazer a discussão para as escolas, causando indignação depois de produzir um plano de aula que diz aos alunos que a história “promove a violência doméstica”.
Agora amplamente disponível on-line para milhares de professores, o plano intitulado “Racismo/Sexismo na Disney” detalha como Bela está em um relacionamento abusivo com a Fera onde “seu único trunfo é sua sexualidade”.
“A Fera não ataca a Bela, mas a ameaça de violência física está presente”, diz o plano de aula, conforme detalhado pelo jornal Metro. “O filme diz que se uma mulher é bonita e doce, ela pode mudar um homem abusivo para um homem gentil. Em outras palavras, é culpa da mulher se seu homem a abusa e, claro, a Fera se transforma em um príncipe bonito, porque as pessoas feias não podem ser felizes.”
Outros personagens da Disney também são usados para ilustrar o ponto, incluindo a Pequena Sereia, Cinderela, Bela Adormecida, Princesa Jasmine de Aladdin e Branca de Neve.
Em Branca de Neve, o plano de aula diz: “Ela não se importa com o trabalho em casa, porque ela tem certeza de que um rapaz rico logo virá para levá-la embora. Isso é típico dos filmes da Disney. Espera – como a Branca de Neve em seu estado de coma – até que um homem venha dar-lhes a vida.”
No live-action de A Bela e a Fera, além de Watson, completam o elenco Dan Stevens (como Fera), Ewan McGregor, Luke Evans, Ian McKellen, Emma Thompson, Josh Gad, Stanley Tucci e Kevin Kline. Stephen Chbosky (As Vantagens de Ser Invisível) escreve o filme, dirigido por Bill Condon (Dreamgirls).
A Bela e a Fera chegará ao Brasil no dia 16 de março de 2017.