O Oscar 2024 tem um vilão e o nome dele é Bradley Cooper. Toda essa ira direcionada ao cineasta não é necessariamente justificada, mas existe.
O sentimento, como aponta o World of Reel, parece se originar do fato de Maestro, filme estrelado e dirigido por Cooper, ser um “projeto de vaidade” e do público ter percebido um certo desespero da parte dele para ganhar o Oscar.
O crítico de cinema do Telegraph, Robbie Collin, não é um dos odiadores. Ele escreveu um artigo intitulado “A retaliação a Bradley Cooper está aqui – e ele não a merece”, no qual disseca a zombaria da Internet contra Cooper.
Collin admite que Cooper “nem sequer tenta esconder o fato de que ele realmente, verdadeiramente e desesperadamente quer ganhar” um Oscar.
Cooper já teve que lidar com a controvérsia do nariz de Leonard Bernstein, a política de “sem cadeiras” no seu set, sua reação no ar ao perder o Globo de Ouro, admitindo que passou seis anos em uma cena de seis minutos. A lista é interminável.
Maestro foi indicado, mas divide o público
O filme foi indicado a diversos prêmios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, incluindo melhor filme e melhor ator. Mas é divisivo demais para efetivamente conquistar muitas premiações.
E é daí que o ódio realmente vem. Não é a campanha incansável ou a política de “sem cadeiras”. Em vez disso, se Cooper tivesse feito um filme que fosse menos divisivo, mais elogiado, provavelmente não haveria esse tipo de reação contra ele.
Maestro simplesmente não está agradando as pessoas, especialmente aquelas que esperavam um filme biográfico simbólico. Atualmente, ele tem uma avaliação de 61% dos usuários no RT e uma nota mediana de 6,7 no IMDB.
Portanto, o problema não é Bradley Cooper fazer campanha para seu filme no Oscar e sim o fato do filme dele não ter agradado todos de forma unânime. Por isso, ele se tornou um vilão, mas não há justificativa plausível para tal.
Maestro está disponível na Netflix.