De uns tempos para cá, a Marvel tem feito mudanças consideráveis acerca do Justiceiro. Primeiro ela mudou o icônico logo do anti-herói, depois chegou a exilar Frank Castle, enquanto outro personagem assumiu o manto.
O autor veterano e escritor de histórias em quadrinhos Chuck Dixon criticou publicamente a Marvel por seu tratamento do icônico personagem. Ele apontou que a editora está envergonhada do Justiceiro.
Dixon apontou em seu podcast no YouTube (via CBR) que as ações recentes da Marvel demonstraram um certo constrangimento em relação à popularidade do personagem entre certos grupos demográficos, especialmente dentro das forças militares e policiais.
Dixon observou que personagens de origens de classe trabalhadora, como o Justiceiro, atraem públicos específicos devido à sua identificação e perspectivas únicas.
Ele afirmou: “A principal razão pela qual eles queriam se livrar do Justiceiro é porque eles o odiavam, e eles te odeiam por gostar dele.”
Ele comparou a situação à popularidade inesperada de Archie Bunker, um veterano da Segunda Guerra Mundial da classe trabalhadora da sitcom dos anos 1970, Tudo em Família, destacando como terreno comum pode levar à devoção aos personagens.
Símbolo do Justiceiro é usado de forma que a Marvel não aprova
Um incidente-chave que Dixon acredita ter desencadeado o desconforto da Marvel foi a adoção do símbolo do crânio de Castle pelas forças militares e policiais.
O icônico logotipo do crânio foi exibido com destaque em uniformes e até mesmo em veículos blindados durante operações militares, criando uma associação difundida com o personagem fora das histórias em quadrinhos.
Dixon teorizou que o desconforto da Marvel com esse tipo de exibição pode tê-los levado a “distorcer” e “destruir” o personagem, um movimento que ele considerou sem precedentes na indústria do entretenimento.
As observações de Dixon fazem sentido considerando o contexto mais amplo das decisões recentes da Marvel.
Para todos os efeitos, a Marvel está querendo mudar a imagem de Frank Castle, o Justiceiro, no processo provando estar envergonhada dela.