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CEO comenta sobre anúncios na Netflix e plano de originais para 2021

A pandemia do novo coronavírus afetou a indústria cinematográfica de maneira avassaladora e incontáveis projetos tiveram de ser interrompidos, adiados, ou até cancelados. Agora, o CEO da Netflix falou sobre como a COVID-19 afeta suas produções originais em 2021.

Em entrevista à Variety, o CEO Reed Hastings revelou que a Netflix já preparou o que foi gravado antes da pandemia.

“Neste ano temos The Crown”, disse o CEO da Netflix. “E outros originais; tudo o que gravamos antes da COVID. No ano que vem, nós planejamos o ano – temos uma grande seleção de conteúdo”.

“Há ainda mais originais do que neste ano. Não é tanto a mais quanto prevíamos, mas é acima se compararmos aos anos anteriores”, continuou Hastings.

“É claro, na Europa estamos produzindo. Na Asia estamos produzindo. Todos estamos esperançosos em relação a uma vacina, para que voltemos ao trabalho mais intensivamente”.

O CEO da Netflix também disse que, em diversas maneiras, a pandemia chegou a ser positiva para o setor de streaming, visto que mais pessoas passaram a assistir o conteúdo disponibilizado.

“Acho que quando conseguirmos a vacina, as pessoas vão voltar para estádios de esportes, voltaremos mais ou menos ao que consideramos normal”, disse Hastings. “Mas é difícil dizer, veremos”.

Propagandas na Netflix

Na mesma entrevista, ele falou sobre a ausência de anúncios dentro da plataforma da Netflix e se isso continuará dessa forma.

“Definitivamente não é uma regra. É uma escolha… acreditamos que conseguimos construir um negócio melhor, um negócio mais valioso [sem anúncios]”.

“Sabe, anúncios parecem fáceis até você entrar nisso. Então você percebe que precisa arrancar esse dinheiro de outros lugares, porque o mercado de anúncios total não está crescendo. De fato, agora, ele está diminuindo. É um combate direto para que as pessoas gastem menos, por exemplo, na ABC e gastem mais na Netflix”.

“Há muito mais crescimento no mercado consumidor, que no mercado de anúncios, que está bem parado. Tornamo-nos públicos há 20 anos, por ações vendidas a um dólar, e agora elas valem [mais de] 500 dólares. Então eu diria que nossa estratégia focada na assinatura funcionou muito bem. Mas é basicamente o que achamos ser o melhor capitalismo, não é algo filosófico”.

Pelo jeito, não veremos propagandas na Netflix tão cedo. Mas isso pode mudar, caso ocorra alguma mudança significativa no mercado.

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