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Netflix tenta acabar com tendência de 50 Tons de Cinza

Baseada na série de livros de E.L. James, 50 Tons de Cinza se tornou uma bem sucedida franquia no cinema, com o primeiro filme lançado em 2015 e protagonizado por Jamie Dornan e Dakota Johnson.

50 Tons de Cinza conta a história de Anastasia Steele, uma jovem e inocente jornalista que é introduzida ao mundo do sadomasoquismo pelo bilionário sexy Christian Grey, vivido por Dornan.

Uma nova série da Netflix e o advento dos coordenadores de intimidade estão tentando modificar a imagem mundial do sadomasoquismo após inverdades propagadas pela franquia 50 Tons.

O site Insider falou sobre o assunto; confira abaixo!

Grandes diferenças

Olivia Troy já era uma coordenadora de intimidade antes mesmo da profissão ganhar esse nome. A profissional também é uma das roteiristas da série Amizade Dolorida, produção original da Netflix que acompanha a história de uma colegial que trabalha como dominatrix nas horas vagas.

A segunda temporada da série foi muito elogiada pela maneira como caracteriza o consentimento e os relacionamentos BDSM, de forma completamente diferente da conhecida pelo grande público.

Troy passou a integrar a equipe de produção da série após a primeira temporada ser criticada pela própria comunidade BDSM.

“Acho que a questão do consentimento é algo que só paramos para prestar atenção recentemente. Agora, nós já temos a linguagem para falar sobre isso. Então é nossa responsabilidade usá-la e modelar as relações a partir dela”, comentou a especialista.

Troy começou a carreira como produtora de teatro, mas foi seu relacionamento pessoal com a comunidade BDSM que a tornou especialista na área e na intimidade de atores.

“Quando estou trabalhando com atores e atrizes, converso pessoalmente e de maneira privada com cada um sobre seus limites o que eles se sentem confortáveis fazendo”, afirmou Troy.

A especialista em intimidade aproveitou o papo com o site Insider para criticar a maneira como relacionamentos sadomasoquistas são mostrados na grande mídia.

“Muito do que vemos sobre relacionamentos BDSM é que eles são raros, que não são consensuais ou que sempre contam com um grande desnível de poder”, explicou a especialista.

Olivia Troy apontou a franquia 50 Tons de Cinza como um péssimo exemplo e caracterização de relacionamentos BDSM.

“O Christian persegue a Anastasia e meio que a convence a aceitar seus fetiches, ao invés de dar espaço para ela dizer ‘sim’ por si própria ou dar o consentimento de forma mais entusiástica”, comentou Troy.

Junto com a Netflix, Olivia Troy quer acabar com a tendência de mostrar experiências sadomasoquistas como dolorosas e violentas, e dizimar a ideia de que apenas os homens podem assumir o papel de dominador.

Amizade Colorida está disponível na Netflix.

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