The Crown é uma das produções mais queridas da Netflix, com 3 temporadas de qualidade inegável já lançadas. A série acompanha o reinado da Rainha Elizabeth II, começando por sua juventude e passando por momentos importantíssimos da história do Reino Unido e do mundo.
Afinal de contas, quem não gostaria de um olhar íntimo sobre a vida da Família Real? Tudo fica ainda mais impressionante com as performances de um elenco de tirar o chapéu.
Na segunda temporada de The Crown, a série aborda um polêmico escândalo que envolveu o Príncipe Phillip. O site Bustle falou sobre a veracidade – ou ficção – do evento.
Confira abaixo tudo sobre essa história!
O affair de Profumo em The Crown
No episódio final da segunda temporada de The Crown, a série dá a entender que Stephen Ward e o Príncipe Philip compartilhavam uma conexão por meio do infame Affair de Profumo – relação esta que pode não ter existido na vida real.
O Affair de Profumo foi um escândalo sexual que chocou o governo britânico no início dos anos 60. No centro da história estava uma dançarina de cabaré e modelo chamada Christine Keeler, envolvida em uma relação extraconjugal com John Profumo, o Secretário de Estado de Guerra.
O escândalo detonou a credibilidade de Profumo, que na época era um dos integrantes mais populares do gabinete do Primeiro-Ministro Harold McMillan.
Christine Keeler também estava vivendo, na mesma época, outro affair com Yevgeny Ivanov, o representante da União Soviética em Londres.
Com as relações foram descobertas, a agência de inteligência da Inglaterra chegou a acreditar que o fato dos dois homens estarem se vivendo um affair com a mesma mulher poderia ter causado falhas na segurança.
Profumo renunciou ao cargo em 1963, e o Primeiro-Ministro também deixou o governo no ano seguinte. O escândalo contribuiu para a derrocada do partido conservador, que perdeu espaço para os Trabalhistas na eleição de 1964.
Stephen Ward, que aparece como um personagem em The Crown, era um médico osteopata, e teria apresentado Keeler para Profumo.
O escândalo afetou principalmente o governo, não a Família Real. Com isso, The Crown tenta estabelecer uma conexão entre Stephen Ward e o Príncipe Philip.
Na vida real, os dois eram apenas conhecidos. Ward chegou a pintar um retrato do Duque de Edimburgo, mas a relação terminou por aí.
“A série cruzou uma linha importante e saiu da realidade para entrar completamente na ficção”, afirmou a biógrafa Margaret Holder em uma entrevista ao Daily Mail.
Peter Morgan, o criador de The Crown, já havia afirmado diversas vezes que a série não pretende apresentar um visão documental da história da família real.
“A série não é um documentário. Não estamos fingindo que The Crown é um registro cronológico de todos aqueles anos. Vários documentários já fazem isso. A série é um drama que escolhe temas particulares. Não existe nenhum motivo político para cobrir algumas coisas e deixar outras de fora”, comentou Morgan.
As quatro temporadas de The Crown estão disponíveis na Netflix.