Desde o lançamento de sua primeira série original, em 2013, a Netflix vem investindo bilhões de dólares na produção de conteúdo. A plataforma lançou algumas das suas séries mais bem sucedidas em 2020, e neste ano, a tendência não deve ser diferente – com o lançamento da aguardada Halston.
Já disponível na Netflix, a nova série de Ryan Murphy já está causando polêmica! A produção protagonizada por Ewan McGregor acompanha a ascensão e queda do famoso estilista, conhecido por escândalos e uma inegável contribuição ao estilo dos anos 70.
A produção foi acusada pela família do designer de moda de ser “imprecisa” e “sensacionalista” – o que só fez uma quantidade ainda maior de pessoas ficarem curiosas pela trama.
O site Editorialist revelou alguns dos aspectos mais importantes da história real de Halston; confira abaixo!
Quem foi Halston?
Halston, o designer de moda que tinha o sonho de “vestir o mundo todo”, foi eternizado como “o homem que redefiniu a moda dos Estados Unidos”. Antes de ser conhecido pela famosa alcunha, o estilista era Roy Halston Frowick – nascido em 23 de abril de 1932, filho de uma dona de casa e um contador.
O talentoso Halston desenvolveu um grande interesse por costura (graças à inspiração de sua avó) ainda na infância, quando costumava criar chapéus e consertar vestidos de membros da família.
O início da carreira de Halston
Em 1957, após fazer sucesso em Chicago, Halston mudou sua base de operações para Nova York e passou a trabalhar para a famosa modista Lilly Daché. Nessa época formativa, o estilista conheceu o “pessoal da moda” da cidade, convivendo com modelos, designers e editores da Vogue.
Devido ao seu carisma e contatos, Halston conseguiu galgar a escala social e foi contratado pela grife Bergdorf Goodman no posto de modista principal.
O estilista permaneceu no emprego por quase uma década, e pôde entender os gostos e desejos das mulheres ricas dos Estados Unidos – estabelecendo um estilo artístico único que chegou até mesmo ao guarda-roupas de Jackie Kennedy.
Fama em Nova York
Com a ascensão de sua grife e estilo, Halston passou a frequentar as “altas rodas” de Hollywood, produzindo vestidos para as mulheres mais ricas do país e festejando com artistas, astros do cinema e jornalistas de moda.
Em 1968, o designer inaugurou uma nova era de seu negócio, ao abrir sua primeira boutique na Madison Avenue. Halston também foi essencial para a substituição do estilo sério dos anos 50 por vestidos leves, que permitiam um maior movimento e se adequavam às curvas de suas clientes.
A mistura de opulência e praticidade atraiu a atenção de estrelas como Liza Minnelli, Elizabeth Taylor e Lauren Bacall. Com a aprovação dessas mulheres, Halston não vendia mais roupas, e sim um estilo de vida.
O que aconteceu com Halston?
Em 1973, Halston vendeu o nome de sua grife e toda a linha de produção para o empresário Norman Simon. Em troca, o executivo prometeu garantir o financiamento da marca e a manutenção de Halston como designer-chefe.
O relacionamento comercial foi um sucesso, e Halston expandiu sua marca com a inclusão de perfumes, moda masculina e produtos de decoração.
O estilista chegou até mesmo a criar os uniformes da delegação dos Estados Unidos para as Olimpíadas de 1976.
No entanto, a ganância tem um preço – preço este que nem mesmo o poderosos Halston foi capaz de pagar.
Em 1983, o estilista fechou um negócio com a empresa JCPenney (conhecida por roupas mais acessíveis). Em uma parceria de 5 anos, o estilista iria criar modelos exclusivos para serem vendidos em larga escala.
Porém, a maior quantidade de roupas produzidas acabou afetando a perfeição que cercava os projetos de Halston. Muitos especialistas consideraram que a parceria com a empresa de “fast fashion” desvalorizou a marca do designer.
Na mesma época, a Halston Limited foi adquirida pela empresa Eshmark Inc, e os novos diretores não aprovaram a maneira que o designer conduzia seus negócios.
Uma combinação do vício em drogas e frustração pela direção de sua marca fez Halston perder o controle. O estilista foi removido da empresa por se recusar a criar novas peças, e depois foi diagnosticado com HIV.
Roy Halston Frowick faleceu em 26 de março de 1990, aos 57 anos.
O legado de Halston
A marca Halston ainda existe! Após a morte do estilista, a companhia mudou de nomes várias vezes, e tentou em diversas oportunidades reviver a linha original criada pelo designer, além de criar empresas subsidiárias como a Halston Heritage – que consiste na realização de updates modernos em obras arquivadas.
Hoje em dia, Halston é uma propriedade da empresa XCEL Brands, e continua a produzir várias linhas de roupas voltadas para o público feminimo, mantendo a estética do designer viva e popular.
Halston já está disponível na Netflix. Veja o trailer abaixo!