Mudança importante

Sombria nas HQs, Sweet Tooth ficou mais fofa na Netflix; veja por quê

Produtora explica o motivo de escolher um visual adorável para os híbridos

Sweet Tooth é ambientada em um futuro pós-apocalíptico marcado por modificações biológicas. A trama estreou recentemente na Netflix e conquistou rapidamente fãs no mundo inteiro, figurando no Top 10 de diversos países.

Na trama, a humanidade é quase destruída por um vírus terrível, que começa a ser transmitido na mesma época em que híbridos de humanos e animais passam a aparecer no mundo todo.

A história é protagonizada por Gus, um tímido e ingênuo garoto metade humano e metade cervo, que vive nas florestas de Nebraska com o pai doente e instável.

Quando seu pai finalmente sucumbe à enfermidade, Gus fica completamente sozinho no mundo, e é quase sequestrado por um grupo de humanos perigosos – até ser salvo pelo misterioso andarilho Jepperd.

Uma das principais diferenças entre a Sweet Tooth da Netflix e a HQ de Jeff Lemire que inspira a trama é o visual dos personagens. Nos quadrinhos, os híbridos são bem mais assustadores e menos fofinhos que os da produção para TV.

Mas afinal de contas, por que a plataforma fez essa mudança? Confira a resposta abaixo.

Uma mudança importante em Sweet Tooth

Sweet Tooth passa longe do teor obscuro e bizarro da HQ original, criando uma espécie de “conto de fadas apocalíptico”, no qual a natureza volta a dominar o mundo após a diminuição da população humana.

Não é difícil explicar por que a plataforma tomou a decisão de mudar o visual aterrador e triste dos híbridos da trama de Jeff Lemire.

A produção para TV tem classificação de 12 anos, ou seja, a Netflix precisou modificar alguns aspectos para criar uma trama voltada a um público mais jovem.

Na HQ de Jeff Lemire acontecem certas coisas que nunca fariam parte de Sweet Tooth. Em uma das cenas mais terríveis, o protagonista Gus é obrigado a matar outro híbrido, destroçando sua cabeça com um tijolo.

Além disso, o visual dos híbridos provoca mais terror do que identificação; veja abaixo uma foto de Bobby.

Enquanto a conexão entre os personagens Gus e Jepperd nasce como algo admirável na série da Netflix, nas HQs as figuras são unidas simplesmente por um desejo de autopreservação, não por carinho ou identificação pessoal.

Além disso, as HQs contam com cenas de violência sexual, que não fazem parte da trama de Sweet Tooth na plataforma.

O motivo da mudança

Em um papo com o site Cinema Blend, a produtora Susan Downey falou sobre a importância da decisão da Netflix em criar personagens “fofinhos” em Sweet Tooth.

“Nós também temos visuais que não são tão fofinhos assim. Mas nunca tivemos intenção de caracterizar os híbridos com visuais desagradáveis, pois eles representam algo diferente, algo novo. Eles representam o melhor, o futuro”, comentou a produtora.

Susan Downey produz a série junto com o marido Robert Downey Jr, afirmou que a mudança no visual dos personagens foi essencial para identificação do público.

“Queríamos garantir que, como o Gus é o protagonista da história, o público pudesse se identificar com ele. Por causa disso, o visual dos híbridos é intrigante, não assustador”, comentou Downey.

A primeira temporada de Sweet Tooth já está disponível na Netflix.

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