A nova versão de Rebelde estreou na Netflix no início de 2022, e fez um ótimo trabalho ao adequar sua trama a uma audiência mais moderna. Uma das principais mudanças da série – em relação à novela original – é a expansão da representatividade LGBTQIA+. Afinal de contas, um dos protagonistas de Rebelde é gay, e a produção conta com uma atriz trans no elenco.
“No colégio Elite Way School, começa o novo ano escolar, mas uma sociedade secreta ameaça os sonhos musicais dos alunos”, afirma a sinopse da série na Netflix.
Rebelde da Netflix é um reboot da novela original, sendo ambientada no mesmo universo da produção da Televisa. Por isso, a 1ª temporada conta com o retorno de personagens queridas, como Celina (Estefania Villarreal) e Pilar (Karla Cossío).
Explicamos abaixo como Rebelde investe na diversidade sexual e de gênero na trama – além das áreas que a série ainda precisa melhorar.
Como Rebelde expande a representatividade e diversidade na Netflix?
A nova versão de Rebelde foi muito elogiada pela maneira como caracteriza seus personagens LGBTQIA+, uma mudança importante em relação à trama original.
“A série conta com diversos personagens LGBTQ que vivem romances excitantes, assim como suas contrapartes heterossexuais. Tudo isso sem transformar a identidade sexual ou de gênero dos personagens no núcleo de suas histórias”, avalia o jornal The Washington Post.
Vale lembrar que, no auge da fama de Rebelde, em 2007, Christian Chávez se assumiu gay após ser “tirado do armário” por um site de fofocas.
A revelação causou controvérsia no México, mas o intérprete de Giovanni encontrou apoio entre os colegas de banda e na enorme base de fãs de RBD.
Mas na trama original de Rebelde, não existiam personagens LGBTQIA+ proeminentes – o que muda muito na versão da Netflix.
Luka Colucci, um dos protagonistas da série, por exemplo, é gay. O jovem é interpretado por Franco Masini, que não faz parte da comunidade LGBTQIA+ na vida real.
“Diria que meu personagem não tem rótulos. A série, nesse sentido, está muito atualizada e moderna. Eles são almas livres, e cada um leva a vida como quer”, comentou o ator em uma entrevista recente.
Personagens e LGBTQ em Rebelde
Outras personagens da série – como Emilia e Andi – também vivem um emocionante romance. Interpretado por Giovanna Grigio e Lizeth Selene, o casal já acumula milhares de fãs nas redes sociais.
E a diversidade de Rebelde não está apenas na trama, mas também no elenco e por trás das câmeras.
A atriz espanhola Karla Sofía Gascón, por exemplo, é trans. Atualmente com 49 anos, ela se assumiu trans na última década, e começou sua transição de gênero em 2016.
Em Rebelde, Karla interpreta a Inspetora Lourdes, uma figura respeitada e muito importante na hierarquia de poder da Elite Way School.
Mas nem tudo são flores na representatividade de Rebelde. O site The Washington Post chama a atenção para um aspecto que mudou pouco entre a Televisa e a Netflix: a diversidade étnica.
“A série continua uma triste tradição das telenovelas: a maioria dos personagens principais são brancos e latinos. Rebelde não conta com praticamente nenhum afro-latino.”, avalia a publicação.
Rebelde está disponível na Netflix.