Contém spoilers

Sex/Life tem grande problema na Netflix

Billie, a protagonista da série, não deveria ter escolhido nem Cooper, nem Brad

Brad ou Cooper? É entre os dois bonitões que a protagonista Billie é obrigada a escolher na série Sex/Life, o mais novo sucesso erótico da Netflix. A produção estreou recentemente, e já está fazendo o maior sucesso na plataforma.

A trama da série acompanha a história de uma dona de casa entediada, que é tentada a trocar a vida tranquila com o marido pelas aventuras sexuais com o ex-namorado, Brad.

Segundo o site Digital Spy, no entanto, a série tem um grande problema. Afinal de contas, por que Billie tem que escolher entre Brad e Cooper? Por que a protagonista não pode ficar com os dois? E por que ela não admite a possibilidade de ficar sem nenhum?

Veja abaixo o que a análise do site diz sobre o dilema de Billi em Sex/Life.

O dilema de Billie em Sex/Life

Ao escolher entre Brad e Cooper, Billie basicamente opta por fantasia ou realidade, aventura ou estabilidades, conforto ou erotismo.

A intenção da produção foi também deixar o espectador dividido, sem saber qual opção escolher, entendendo assim o dilema da protagonista.

“Nunca foi uma escolha fácil, nem mesmo para nós. Esperamos que as pessoas possam mudar de ideia várias vezes, com o decorrer da temporada”, comentou a criadora Stacy Rukeyser, em uma entrevista ao Collider.

Eventualmente, Billie toma sua decisão. A protagonista decide não deixar o marido Cooper, mas também opta por manter relações sexuais com o ex-namorado Brad.

Sex/Life apresenta algumas questões interessantes para os espectadores. Colocando o dilema romântico de lado, o interesse de Billie por Brad também é entrelaçado à sua crescente perda de liberdade e independência.

O papel de Billie como esposa e mãe custou sua carreira e desejos. A personagem continua basicamente presa em casa, enquanto Cooper tem a liberdade para desenvolver ainda mais sua carreira em uma nova cidade.

O dilema entre família e carreira é encarado por mulheres do mundo todo. Homens, por outro lado, não precisam escolher entre as duas áreas da vida. A pressão, nesse caso, é essencialmente feminina.

Voltando ao dilema entre “Time Cooper” e “Time Brad”, outra opção não chega a cruzar a mente de Billie: por que escolher qualquer um dos dois? Eles são realmente o melhor que ela pode conseguir?

A trama deixa claro que nenhum dos personagens oferece a Billie o que ela precisa. Enquanto Cooper é um marido fiel e carinhoso, ele não reconhece que a esposa precisa de mais energia e novidades na cama.

Cooper não consegue satisfazer Billie sexualmente, deixando a relação cair na rotina. Além disso, o personagem ignora os desejos profissionais da protagonista, algo que também influencia seus desejos por Brad.

Brad, por outro lado, satisfaz Billie apenas na área sexual. O personagem de Adam Demos é um verdadeiro “deus do sexo”, mas representa um verdadeiro fracasso em todos os outros quesitos.

O ex-namorado de Billie é inconstante, infiel, não confiável, agressivo, e até mesmo perigoso, se levarmos em conta a maneira que o personagem lida com frustrações.

Ou seja: nenhum dos personagens é “perfeito” para Billie. Segundo o site Digital Spy, a protagonista deveria ter, pelo menos, considerado a possibilidade de não escolher nenhum dos dois.

Ao invés disso, Billie poderia voltar a ser solteira e explorar a sua sexualidade por si própria, sem precisar a “liderança” de um homem, em primeiro lugar.

A Netflix ainda não renovou Sex/Life para a segunda temporada. Os primeiros episódios da série já estão disponíveis na plataforma.

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