Controvérsia

The Last of Us: Por que 3º episódio está sendo bombardeado com notas ruins

Mesmo conquistando público e crítica, The Last of Us provocou a ira de um certo grupo

O 3º episódio de The Last of Us, exibido no último domingo (29 de janeiro), já é visto como “um dos melhores capítulos de TV de todos os tempos”. Aclamado por público e crítica, o episódio “Long Long Time”, logo após estrear no HBO Max, começou a ser bombardeado com notas ruins e resenhas negativas. 

“Uma trama que beira a extinção humana. Vinte anos após a queda da civilização, Joel é contratado para tirar Ellie de uma zona de quarentena perigosa”, afirma a sinopse oficial de The Last of Us na HBO Max.

No 3º episódio de The Last of Us, o foco é a trajetória de Bill (Nick Offerman) e Frank (Murray Bartlett). O capítulo em questão deixou os espectadores do mundo inteiro com lágrimas nos olhos.

Sendo assim, o que explica o bombardeio de resenhas negativas no 3º capítulo de The Last of Us? A resposta é mais simples do que parece; confira abaixo.

Homofobia reduz a nota do 3º episódio de The Last of Us

“Long Long Time”, o 3º episódio de The Last of Us, explora um romance de partir o coração que se desenvolve em meio ao apocalipse zumbi.

O capítulo, marcado pelas cenas mais tocantes da série, não demorou a ganhar o coração de fãs e da crítica especializada.

“Este é o melhor episódio de TV de 2023? Ainda é cedo para dizer, mas será preciso algo incrível para superar este corajoso e comovente estudo de personagens”, afirma a resenha do site The Guardian.

Nas redes sociais, o novo episódio também foi celebrado por focar em um romance duradouro entre dois homens – algo raro na TV. 

Por outro lado, como era de se esperar, o episódio desagradou espectadores homofóbicos, que não demoraram a bombardear The Last of Us com resenhas negativas no IMDB.

Até o fechamento desta matéria, mais de 27 mil usuários do IMDB avaliaram “Long Long Time” com apenas uma estrela. A nota atual do episódio é 8.0 (em 10), bem menor que a dos dois primeiros capítulos (9.2 e 9.3), respectivamente.

É importante lembrar que esses homofóbicos representam uma parte pequena (mas escandalosa) dos fãs de The Last of Us. Afinal, o máximo que eles conseguiram foi reduzir 2 pontos na nota final do episódio.

As “justificativas” para a nota baixa do episódio são as mais clichês possíveis. Os homofóbicos acusam The Last of Us de “lacração”, dizendo que a série “promove a ideologia gay”.

Algumas resenhas negativas também reclamam do ritmo mais lento do episódio. Mas estas, aparecem em um número bem menor (e são relativamente bem fundamentadas).

The Last of Us não é, nem de longe, a primeira série a se tornar vítima de trolls que praticam ações coordenadas para diminuir a nota de produções que contam com personagens LGBTQIA+ ou mulheres em posição de destaque.

A série Mulher-Hulk, da Marvel, é outro exemplo. O Senhor dos Anéis: Os Anéis do Poder também virou alvo de trolls ao incluir personagens não-brancos no mundo de Tolkien.

Por fim, não podemos deixar de citar que mais de 50% das avaliações do 3º episódio de The Last of Us, no IMDB, são de nota máxima.

Os episódios de The Last of Us são exibidos semanalmente pelo HBO Max, sempre aos domingos.

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