Imortais

7 personagens que deveriam ter morrido em The Vampire Diaries

Em alguns casos, essas decisões diminuíram o peso emocional de momentos importantes, deixando a sensação de que o perigo nunca era tão real quanto parecia

Parte do elenco The Vampire Diaries
Parte do elenco The Vampire Diaries

The Vampire Diaries disponível, na Max e Prime Video é conhecido por suas reviravoltas dramáticas, muitas vezes envolvendo sustos de quase morte em que personagens deveriam ter morrido, mas acabaram sobrevivendo de maneiras inesperadas. Embora algumas dessas surpresas sirvam para prolongar o tempo de tela de personagens queridos pelos fãs, nem todas conseguem entregar o mesmo impacto emocional ou narrativo. Em alguns casos, as escolhas dos roteiristas desafiam a lógica, fazendo com que certos eventos fatais sejam convenientemente contornados, sem consequências significativas para a trama.

Elena Gilbert é um exemplo claro de como o enredo frequentemente evita a morte de personagens centrais. Ao longo da série, ela enfrentou inúmeros encontros com a morte, incluindo o ritual de sacrifício de Klaus, do qual saiu viva por intervenção de terceiros. Sua sobrevivência era constantemente garantida, mesmo em situações em que sua morte parecia inevitável. Embora compreensível dentro da lógica de proteger a protagonista, esses momentos acabaram diluindo a tensão e o peso emocional de sua jornada.

Por outro lado, o arco de Damon Salvatore apresenta um contraste intrigante. Quando ele foi forçado a se transformar em vampiro por Stefan, o sacrifício de sua mortalidade teria proporcionado um desfecho honroso ao personagem naquele momento. Essa decisão, embora crucial para o desenvolvimento de Damon, levanta questões sobre até que ponto a sobrevivência de certos personagens é realmente necessária para a narrativa geral.

Além disso, há muitos casos em que a sobrevivência de personagens não contribuiu para o enredo de forma significativa. A série pareceu hesitar em eliminar personagens centrais, mesmo quando sua morte poderia ter gerado um impacto narrativo mais profundo. Em alguns casos, essas decisões diminuíram o peso emocional de momentos importantes, deixando a sensação de que o perigo nunca era tão real quanto parecia.

Embora The Vampire Diaries tenha se destacado por seu drama e reviravoltas, é inegável que algumas escolhas relacionadas à sobrevivência dos personagens acabaram enfraquecendo a tensão da trama. Um equilíbrio maior entre momentos de sacrifício e reviravoltas planejadas poderia ter elevado a narrativa, dando mais profundidade às histórias e tornando as ameaças enfrentadas pelos personagens ainda mais convincentes.

Jeremy

Damon matou Jeremy

Jeremy é ressuscitado diversas vezes ao longo de The Vampire Diaries. Como irmão mais novo de Elena, ele frequentemente é salvo devido à sua importância na trama. No entanto, há um momento em que ele deveria ter permanecido morto. Quando Elena rejeita Damon, este, tomado pela raiva e impulsividade, mata Jeremy quebrando seu pescoço.

Neste ponto, Jeremy deveria ter morrido de fato, já que não estava usando o anel Gilbert. Caso isso tivesse acontecido, o impacto emocional teria sido muito maior, especialmente para Elena. Ela provavelmente nunca teria perdoado Damon por tirar a vida de seu irmão, e, pela primeira vez, Damon teria que enfrentar as consequências irreversíveis de suas ações. Isso abriria espaço para um desenvolvimento mais profundo do personagem, forçando-o a lidar com a culpa e as repercussões de seus impulsos violentos.

Além disso, deixar Jeremy sobreviver pouco contribui para o crescimento de seu próprio personagem. Ele permanece preso ao papel de “irmão mais novo de Elena”, sem grandes avanços ou transformações significativas em sua trajetória. A permanência de Jeremy na trama acaba soando mais como uma decisão conveniente do roteiro do que uma escolha que agregue ao arco narrativo.

Amara

Amara não merecia uma eternidade de dor

Amara certamente cruzou o caminho da mulher errada. É compreensível que Qetsiyah ficasse furiosa por ela ter roubado seu marido, mas prender Amara como a âncora do Outro Lado por toda a eternidade foi uma reação extremamente desproporcional. Se Amara tivesse morrido como humana, conforme Qetsiyah afirmou inicialmente, a série poderia ter evitado muitos dos problemas que surgem em torno de seu enredo.

Sua aparição na linha do tempo atual parece desnecessária, já que Amara perdeu completamente seu senso de realidade após séculos de sofrimento, assombrada por fantasmas e pela dor interminável de sua existência. Sua punição é severa demais para o que, no final das contas, foi apenas um caso de traição.

A história de Silas e Amara poderia ter sido concluída de forma mais satisfatória. Um final trágico, mas poético, onde Silas finalmente se junta a Amara na vida após a morte, teria proporcionado encerramento e coerência emocional. Em vez disso, o destino de Amara é mais um exemplo de como a série, às vezes, impõe consequências excessivamente dramáticas aos seus personagens, muitas vezes à custa de seu potencial narrativo.

Katherine

A morte humana de Katherine iniciou a pior tendência

Em The Vampire Diaries, Katherine recebe uma despedida longa e emocional, preparando o terreno para sua morte após ser drenada da cura. Seu arco parecia completo. A série explorou profundamente todos os aspectos de Katherine, incluindo sua reconciliação com a filha, Nadia. Esse momento não apenas trouxe um encerramento para a personagem, mas também deu a Katherine a chance de ser lembrada de forma mais humana e vulnerável. Até Elena, sua maior rival, consertou as coisas com ela, tornando a despedida ainda mais significativa.

Quando Katherine finalmente faleceu, aquele deveria ter sido o ponto final de sua história. Sua morte teria marcado um encerramento digno e impactante para uma personagem tão complexa. No entanto, o show subverte esse momento ao fazê-la lançar o feitiço dos Viajantes, transferindo sua alma para o corpo de Elena. Esse desdobramento não só desfaz todo o arco de redenção de Katherine, como também a transforma na vilã definitiva, uma sombra constante que o programa insiste em reutilizar.

Ao invés de permitir que Katherine saísse de cena de forma honrosa, a série opta por culpá-la por praticamente todos os acontecimentos terríveis que se seguem. Esse artifício narrativo desgasta a força do personagem e impede a história de evoluir. A decisão de mantê-la como antagonista em vez de permitir que ela descanse em paz acaba diluindo o impacto emocional de sua jornada.

Kai

Kai sobreviveu à fusão

Kai nunca deveria ter se fundido com Luke. Quando ambos caem no chão após a fusão, a cena dá a entender que nenhum deles sobreviveu, e isso poderia ter sido um desfecho aceitável para o coven Gemini, já que outro líder estava assumindo o controle nesse momento. No entanto, permitir que Luke sobrevivesse teria sido uma escolha narrativa mais interessante, especialmente ao explorar como ele lidaria com um equilíbrio entre seu lado bom e um lado maligno herdado da fusão. Esse conflito interno traria complexidade ao personagem, algo que seria muito mais atraente para o público.

Ninguém estava torcendo por Kai contra Luke. Fazer Kai sobreviver significou sacrificar um personagem mais amado apenas para mantê-lo na história. Embora Kai tenha começado como um vilão intrigante, ele acaba lentamente desaparecendo no segundo plano até sua aparição surpresa no casamento de Jo e Alaric.

É possível argumentar que Luke poderia ter cumprido o mesmo papel narrativo, mas com um impacto muito maior. Sua sobrevivência teria proporcionado uma exploração emocional mais rica, além de preservar um personagem mais querido pelo público. Em vez disso, a série escolheu um caminho que favoreceu a continuidade de Kai, mas que diluiu seu impacto e sacrificou uma oportunidade de contar uma história mais envolvente.

Kai se transforma em um vampiro

Os gêmeos sobreviveram a Kai no casamento

É difícil fazer sentido da sobrevivência dos gêmeos Gemini na cena do casamento. Após Kai se transformar em um vampiro, sua morte, como líder do coven Gemini, deveria significar a extinção de todo o coven. Portanto, a sobrevivência dos gêmeos parece uma contradição direta às regras estabelecidas pela série. Ainda assim, eles são magicamente transferidos para o corpo de Caroline, uma vampira – uma reviravolta que desafia ainda mais a lógica do universo da série.

A ideia de uma vampira grávida de gêmeos é, sem dúvida, uma das tramas mais inesperadas e absurdas de The Vampire Diaries. O que torna isso ainda mais chocante é o fato de que os gêmeos se revelam sifões – uma anomalia que os tornaria rejeitados pelo próprio coven Gemini, caso este tivesse sobrevivido. Essa escolha narrativa é intrigante, mas também levanta várias questões sobre a consistência das regras do universo mágico da série.

Embora a história dos gêmeos sifões tenha potencial para explorar temas interessantes, como exclusão e aceitação, sua origem e a maneira como sobreviveram parecem forçadas, servindo mais como uma conveniência do roteiro do que como uma evolução natural da trama.

Damon

Damon rejeitou o vampirismo no início

Stefan nunca demonstrou qualquer conflito moral em relação à sua transformação em vampiro, mas o mesmo não pode ser dito de Damon. Desde o início, Damon queria morrer como um homem honrado. Apesar de seu amor por Katherine, ele rejeitou a ideia de se tornar um vampiro. No entanto, essa escolha foi tirada dele quando Stefan, incapaz de aceitar a ideia de viver a eternidade sozinho, forçou o vampirismo em seu irmão.

Essa decisão foi o catalisador para uma série de tragédias. Damon, relutante em sua nova natureza, tornou-se um dos piores vampiros da série, acumulando um rastro de sangue e destruição. Entre suas vítimas estava o melhor amigo de Stefan, um ato que aprofundou ainda mais a tensão entre os irmãos. Se Damon tivesse morrido como queria, séculos atrás, ele não teria se tornado o “pior irmão vampiro”. Muitas vidas teriam sido poupadas, e Stefan não teria carregado a culpa pelas consequências de sua escolha egoísta.

Essa decisão de Stefan, motivada por seu medo da solidão, exemplifica a complexidade de seu personagem. Embora ele seja frequentemente retratado como o “irmão bom”, sua incapacidade de respeitar a vontade de Damon demonstra uma falha moral significativa. Essa dinâmica entre os irmãos é central para a narrativa de The Vampire Diaries, mas também serve como um lembrete de como as ações de Stefan moldaram o destino de Damon – e de tantas outras pessoas.

Klaus

Klaus foi o mais vulnerável durante o ritual

Elijah tinha um plano viável para matar Klaus, e, como um homem honrado, deveria ter mantido sua palavra após a quebra da Maldição do Sol e da Lua. No entanto, ele é facilmente manipulado por Klaus, que promete a localização de outros membros da família Mikaelson. Essa escolha de Elijah não apenas trai sua moralidade, mas também traz inúmeros problemas para Mystic Falls nos episódios seguintes.

Klaus, como vilão, deveria ter encontrado seu fim naquele momento. Sua morte teria garantido a segurança de Elena, prevenindo a criação de híbridos e o rastro de destruição que seguiu. Contudo, Klaus foi salvo pela trama – algo que aconteceu mais de uma vez ao longo da série. The Vampire Diaries chegou a preparar sua morte definitiva usando o bastão de carvalho branco, mas a popularidade do personagem garantiu sua sobrevivência. Em vez disso, Klaus viveu o suficiente para se tornar o protagonista de The Originals e teve sua conclusão apenas no final dessa série derivada.

Embora Klaus seja, sem dúvida, um dos antagonistas mais fascinantes do universo da série, sua sobrevivência repetida levanta questões sobre as escolhas narrativas. Elijah, por sua vez, acaba traindo seus próprios princípios ao poupar Klaus, criando consequências que moldaram não apenas o destino de Mystic Falls, mas também a dinâmica complexa da família Mikaelson.

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