O universo de Outlander conquistou milhões de fãs ao redor do mundo com sua mistura de romance, drama e elementos sobrenaturais. Ao longo de suas sete temporadas, a série da tem explorado os livros de Diana Gabaldon, mas também se aventurado por caminhos originais. No final da 7ª temporada, a trama apresentou uma reviravolta que pegou os espectadores de surpresa — e também a própria autora.
A temporada, encerrada com o episódio intitulado “A Hundred Thousand Angels”, trouxe um desfecho inesperado para Claire e Jamie Fraser. Nos momentos finais, Claire descobre que sua filha Faith, antes considerada morta, na verdade sobreviveu e cresceu para se tornar a mãe de Fanny Pocock e Jane. Essa revelação marca uma grande diferença em relação às obras de Gabaldon, nas quais essa possibilidade não é explorada diretamente.
Em entrevista ao Parade, Diana Gabaldon compartilhou suas impressões sobre o final e não hesitou em apontar que a cena é uma invenção da série. Segundo ela, a conexão entre Faith e Fanny foi baseada no fato de ambas as personagens terem uma mãe chamada Faith, algo que não vai além disso nos livros. A autora também mencionou que a música “I Do Like to be Beside the Seaside”, usada para amarrar os acontecimentos, é outra criação exclusiva da adaptação televisiva.
As diferenças entre livros e série
Gabaldon explicou que a reintrodução de Master Raymond também divergiu de suas ideias originais. Embora o personagem seja central para certos eventos sobrenaturais nos livros, sua aparição na série foi considerada por ela um pouco superficial. A escritora destacou que um efeito especial mais elaborado poderia ter tornado o momento mais convincente, mas reconheceu as limitações orçamentárias da produção televisiva.
Apesar de algumas críticas, Gabaldon revelou que a ideia geral de Faith ter sobrevivido foi parcialmente inspirada em uma conversa que ela teve com Matthew B. Roberts, showrunner de Outlander. Durante esse bate-papo, ela compartilhou como teria explorado essa possibilidade em uma segunda graphic novel, caso tivesse escrito uma. Essa ideia, que conecta Faith ao Master Raymond, foi aproveitada e adaptada pelos roteiristas da série.
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Outro ponto mencionado por Gabaldon é como a narrativa televisiva aproveitou pequenas pistas deixadas ao longo do episódio para preparar o terreno para a grande revelação. Desde a relação de Claire com Fanny até o destaque dado à jovem personagem, a história foi conduzida de forma a surpreender os espectadores sem perder o fio condutor.
A liberdade criativa das adaptações
Embora muitas vezes se espere que adaptações sejam fiéis às obras originais, Outlander demonstrou que tomar liberdades criativas pode agregar valor à trama. Para Gabaldon, as mudanças podem ser vistas como formas diferentes de explorar o potencial narrativo, algo que os livros nem sempre conseguem realizar. Ela reconheceu que certos aspectos de suas histórias, como os elementos sobrenaturais, são mais fáceis de retratar em palavras do que no formato visual.
O final da 7ª temporada também gera uma expectativa ainda maior para o desfecho da série, que se encaminha para sua oitava e última temporada. A revelação sobre Faith traz um novo nível de complexidade à trama e deve abordar os desdobramentos dessa surpreendente conexão familiar.
Com o final da série se aproximando, os fãs podem esperar por mais momentos emocionantes e surpresas. A oitava temporada promete encerrar a saga com a mesma intensidade e criatividade que marcaram toda a sua jornada.
Outlander está disponível no Disney+.
