ATENÇÃO PARA SPOILERS DA SÉRIE A SEGUIR!
Bates Motel finalizou o seu quarto ano lidando com as consequências da ousada decisão do episódio anterior, “Forever” (4×09), de matar Norma Bates. Em “Norman” (4×10), o protagonista interpretado por Freddie Highmore precisa lidar com a morte da mãe e com a culpa que carrega por ela, ao mesmo tempo em que entra em conflito com Romero.
No começo do episódio, vemos o xerife sendo questionado por uma Detetive Chambers (Alison Matthews), que o pergunta se ele viu “a carta”. Romero parece confuso até ler o bilhete escrito por Norma, junto com a aliança – um bilhete de suicídio coincidentemente perfeito. O xerife não acredita que a esposa simplesmente cometeu suicídio, e encontra-se com Norman quando este está voltando para casa – garoto diz ao padrasto que ele é a última pessoa que Norman quer ver pela frente, e o culpa pela morte de Norma.
Highmore e Nestor Carbonell vendem espetacularmente bem a noção de que o relacionamento entre Norman e Romero é um de briga pela afeição de Norma, mesmo agora que ela está morta. Se livrando do padrasto, Norman chega em casa e chama por sua mãe, mas é claro que ela não está lá. Ele come sozinho, mas deixa um prato a mais na mesa, como se Norma ainda fosse chegar (belo toque, Bates Motel) – no dia seguinte de manhã, Norman está jogando seus medicamentos fora quando o dono da casa de funerais liga e Norman o garante que vai cuidar do enterro da mãe pessoalmente.
Romero vai visitar o corpo de Norma no necrotério, a beijando uma última vez e recolocando a aliança no dedo da esposa morta. Por que essa é Bates Motel, o momento triste mais tarde mostra-se ainda pior quando Norman, visitando o corpo da mãe, remove a aliança novamente, fazendo com que Norma seja enterrada sem o anel que simbolizava sua união com o xerife.
O funeral
Chegando novamente em casa após visitar o cadáver da mãe, Norman acha que ouve o piano tocando, mas mais uma vez é uma ilusão. Dylan liga, sem saber que Norma está de fato morta, de Seattle – o irmão mais velho oferece a Norman ajuda sempre que ele precisar, mas Norman acha que é melhor eles não terem mais contato nenhum. Assim, Bates Motel parece ter feito a narrativa de Dylan e Norma/Norman um círculo perfeito – no início, o irmão mais velho não queria se envolver com o restante da família; depois, aos poucos, os três foram se encontrando; e, por fim, terminam afastados novamente.
O funeral de Norma é um espetáculo triste, como é apropriado para Bates Motel. Uma ocasião para a qual Norman garantiu circunstância, mas para a qual apenas ele – e mais tarde Romero – apareceram. Norman faz seu discurso para uma sala vazia e acaba gritando com a mãe, a culpando por deixá-lo sozinho. Romero aparece e Norman o devolve a aliança que tirou do dedo de Norma no necrotério. Enfurecido, o xerife vai até o escritório e pega uma arma, com a intenção de matar Norman, mas é detido e preso no meio do caminho.
Voltando para a casa, Norman decide resolver as coisas sozinho, perturbado pela ausência da mãe. E sim, isso significa que vemos Freddie Highmore desenterrando o corpo de Norma e levando-o consigo no carro até de volta para casa, colocando-a sentada no sofá e abrindo os olhos do cadáver para descobrir finalmente que as íris sem vida de Norma significam que ela está morta.
O choque de realidade, combinado com uma visita oportuna de Chicken, que de sua forma direta diz à Norman que a mãe está mesmo morta, levam o menino a ir para o andar de cima da casa e e engatilhar a arma, planejando se matar… até que ele ouve o piano novamente. Cuidadosamente descendo as escadas, Norman descobre a mãe, viva, tocando “I’ll Be Home for Christmas” no piano. Ele a abraça enquanto ela diz: “Você sabe que eu nunca te deixaria sozinho!”. A câmera se afasta e ficamos sem saber se isso é uma alucinação, se Norman também está morto, e para que caminho Bates Motel vai seguir no quinto ano.
Resta esperar.