Enquanto os fãs aguardam ansiosamente a nova temporada de Bridgerton, que vai focar no romance entre Benedict e Sophie, algumas decisões criativas da série estão gerando debates. A trama, baseada no terceiro livro da saga de Julia Quinn, continuará no universo elegante e cheio de intrigas que conquistou milhões de espectadores, mas uma decisão pode não agradar.
Bridgerton chamou atenção inicialmente pela premissa de um românce de época moderno, mas o que cativou o público foi a abordagem individual dos personagens. Cada temporada da série, assim como nos livros de Julia Quinn, explora o romance de um dos irmãos Bridgerton.
A série, além de adaptar a história da família de oito irmãos, permitiu expandir o universo literário com novas narrativas e um olhar mais aprofundado de arcos secundários. Apesar dessas escolhas enriquecerem o mundo da trama, elas também trouxeram consequências que dividem os fãs, especialmente sobre como os Bridgertons estão sendo retratados.
Um dos pontos de maior discussão gira em torno da forma como a série têm “descartado” os personagens que já foram destaque anteriormente. A ausência de Daphne – uma das personagens mais amadas pelos fãs e protagonista da primeira temporada – no último ano gerou um incômodo geral e, agora, parece que a personagem não está prevista para retornar na nova temporada.
Phoebe Dynevor fora da quarta temporada
Em entrevista recente, Phoebe Dynevor, que interpreta Daphne, confirmou que não foi chamada para participar da quarta temporada. Apesar de estar à disposição, a atriz revelou que não houve contato para retomar seu papel. Essa ausência reforça a percepção de que a personagem perdeu importância dentro da trama.
Nos livros, Daphne desempenha um papel importante nas histórias de Colin e Francesca, além de estabelecer uma conexão importante com a protagonista da vez. A personagem sempre foi retratada como uma figura presente na vida dos Bridgertons, o que causa certo distânciamento não só da narrativa original, como da essência das histórias.
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Embora cada temporada siga um casal principal, os livros de Julia Quinn sempre destacam a importância das relações familiares, que se torna um dos pilares principais da narrativa. As interações entre os irmãos Bridgerton são uma parte essencial das dinâmicas das histórias de cada personagem, mostrando como eles se apoiam e enfrentam desafios juntos.
A série, ao se desviar desse foco – seja por focar mais nos personagens secundários ou por querer dar mais espaço para o romance principal – contraria a dinâmica central dos livros, onde as relações familiares são fundamentais. Como irmã mais velha, Daphne sempre teve um papel de suporte para seus irmãos, algo que ficou evidente tanto em O Duque e Eu quanto nas sequências literárias, e jamais se afastaria da família, principalmente em situações de celebrações, como casamentos e reuniões familiares.
O impacto das escolhas criativas na série
Nos últimos anos, a produção tem tomado caminhos que nem sempre agradam os fãs mais fiéis aos livros. A segunda temporada, que adapta O Visconde Que Me Amava, chegou a gerar certo debate, mas as coisas pioraram durante a terceira temporada, com a adaptação do românce entre Colin e Penelope, um dos mais aguardados pelos fãs.
Embora a expansão do universo seja interessante para atrair novos espectadores, há um risco de desagradar aqueles que se apaixonaram pelas relações dos Bridgertons. Nos livros, cada jornada individual se conecta a um panorama maior, onde os laços entre os irmãos são o cerne da história.
Dependendo da reação do público, ainda existe a possibilidade de que Daphne retorne em temporadas futuras. Além disso, caso os produtores percebam que seguir por um novo rumo não seja a melhor estratégia, essa pode se tornar uma oportunidade para a série revisitar suas origens literárias.
Bridgerton está disponível na Netflix.
