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Chicago P.D. perdeu a oportunidade de corrigir Voight

Contém spoilers da 10ª temporada de Chicago P.D.

Em sua 10ª temporada, Chicago P.D. tenta consertar Hank Voight como personagem – mas acaba falhando miseravelmente. Moralmente ambíguo, o personagem é um dos mais polêmicos da série procedural, principalmente por sua insistência em atuar às margens da lei.

Lançada originalmente em 2014, Chicago PD é uma das séries procedurais de Dick Wolf. A produção surgiu como um spin-off de Chicago Fire, e atualmente, já conta com mais de 200 episódios.

“Chicago PD é um drama policial fascinante sobre os agentes do Distrito 21 do Departamento de Polícia de Chicago, que colocam tudo em risco para servir e proteger sua comunidade”, diz a sinopse oficial da série.

Mostramos abaixo como Chicago P.D. perde uma grande oportunidade para corrigir Voight em um novo episódio; confira! (via ScreenRant)

Chicago P.D. deixa Voight se safar (mais uma vez)

“Deadlocked”, o 16º episódio da 10ª temporada de Chicago P.D. marca a estreia de Jesse Lee Soffer (o intérprete de Jay Halstead) como diretor.

O novo capítulo foca no julgamento de Arturo Morales. Com a vida de uma mulher em jogo, Hank Voight, mais uma vez, descumpre a lei para garantir a resolução do caso.

Como os fãs já sabem, Hank Voight sempre foi moralmente ambíguo. Mesmo sendo intrinsecamente honesto, o personagem não hesita em fazer coisas terríveis em nome da justiça.

Por muitos anos, essa tendência problemática passou despercebida – mas no clima político, social e racial da atualidade, séries policiais precisam ser mais cuidadosas na abordagem desse tipo de narrativa.

Na 10ª temporada de Chicago P.D., o risco assumido por Voight acaba compensando. Mas para conduzir a trama de maneira responsável, a série deveria ter, no mínimo, chamado a atenção do personagem.

Em “Deadlocked”, Morales ordena o sequestro da esposa de um integrante do júri para chantageá-lo. Voight descobre o plano e decide operar “fora do radar” para salvar a mulher e preservar a integridade do caso.

No final das contas, o plano dá certo: a mulher é salva e Morales é mandado para a cadeia. Voight confessa o que fez, e em seguida, é criticado por Chapman, que diz que o agente não pode continuar desrespeitando a lei, independente do motivo.

O que deveria ser uma ótima oportunidade para Chicago P.D. consertar os erros de Voight (possivelmente com uma suspensão) acaba se transformando em um momento de certa hipocrisia.

Afinal, Chapman também agiu de maneira antiética ao viver um affair com um dos informantes do caso de Chapman.

Mesmo sendo um dos agentes mais talentosos da polícia de Chicago, Voight não está acima da lei. Independentemente do motivo, ele deveria sempre agir seguindo os preceitos legais, o que não acontece na série procedural.

No Brasil, Chicago P.D. está disponível no Globoplay.

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