Jodie Whittaker, a primeira mulher protagonista de Doctor Who, voltou a comentar o que significa para ela fazer parte dessa mudança na série. Ao The Hollywood Reporter, a atriz destacou que quer ser mais que um símbolo para o feminismo. Para ela, o papel tem um significado ainda maior.
“Ser escolhida como a primeira Doutora é extraordinário, eu vou me lembrar para sempre, mas o que eu não podia esperar para esse momento – a TV representa a realidade que vivemos – é que nós não vemos histórias pela mesma perspectiva de forma contínua. Isso está abraçado agora. Mulheres não são um gênero, nós somos a outra metade da população. Eu me sinto culpada também porque na audição eu costumava chamar o Doutor de ele – é automático. Agora é uma segunda natureza para mim: o Doutor é o Doutor sem um ou outro, mas você não pode deixá-lo de associá-lo a alguém, porque é assim que ele é conhecido”, destacou a nova protagonista.
A atriz ainda explicou que acredita ser irrelevante a discussão de gênero no papel de Doutor. Para ela, o personagem não passará por alterações na história sendo homem ou mulher.
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“É menos relevante para o Doutor, porque o Doutor sempre abraça as mudanças, antes, por 12 vezes. Pode ser aparente em algumas palavras, porque nós voltamos no tempo, quando o gênero tinha outro papel. E você vê no Natal, quando eu saio da Tardis pela primeira vez e depois sou chutada. Eu vejo o reflexo de uma mulher e sinto alegria, é algo novo e emocionante. Para mim certamente não é um tema, porque é irrelevante. Meu gênero, em cada papel que atuei – sou eu. Gênero é irrelevante porque eu estou interpretando um Senhor do Tempo alien, então é sobre estar na cena e passar a energia e a verdade – e ter certeza de que estamos indo para frente. Tudo isso vem ao natural, independente se é interpretado por um homem ou uma mulher”, disse Jodie Whittaker.
A 11ª temporada de Doctor Who estreia no dia 7 de outubro de 2018, sendo exibida através do Crackle no Brasil.
