Após se aposentar como o Capitão América do MCU, passando seu escudo e manto para Anthony Mackie, Chris Evans já conta com diversos projetos para o futuro. Além de dublar Buzz Lightyear em um vindouro filme do universo Toy Story, o astro também vai lançar a série documental “Influence and Power in the Middle East” – que já está causando polêmica por abordar um tema extremamente complicado: a política e a sociedade do Oriente Médio.
Influence and Power in the Middle East (Influência e Poder no Oriente Médio) está sendo produzida pela Starting Point, uma companhia criada pelo próprio Chris Evans, com o objetivo de “conectar políticos de diferentes partidos e criar vídeos educacionais sobre temas políticos e sociais”.
A série em questão pretende “explorar o passado, presente e futuro dos Estados Unidos na região”. Ou seja, não é difícil imaginar porque a produção está causando tanta polêmica.
O site Screen Rant explicou o motivo para a controvérsia da nova série de Chris Evans; confira abaixo e tire suas próprias conclusões.
O polêmico projeto de Chris Evans
Além de Chris Evans, a nova série sobre o Oriente Médio conta com o cineasta Mark Kassen e o empresário Joe Kiani como produtores.
A série documental será apresentada por Will Hurd, um ex-agente da CIA e atual deputado do estado americano do Texas.
Com 6 episódios, a produção contará com entrevistas e comentários de várias figuras políticas importantes dos Estados Unidos, como John Bolton (o ex-embaixador do país na ONU) e Leon Panetta (ex-Secretário de Defesa).
A extensa lista de figuras políticas e comentaristas consultados é a principal razão para a polêmica de Influence and Power in the Middle East, afinal de contas, o grupo é formado quase inteiramente por americanos.
Aparentemente, vozes e perspectivas vindas do próprio Oriente Médio – o tema da série – receberam um espaço muito pequeno na produção.
A história das ações militares dos Estados Unidos na região, nas últimas décadas, é no mínimo questionável. Muitos especialistas apontam que a desestabilização da região e a radicalização de parte da população é um resultado direto da ocupação americana.
Ou seja, um documentário que foca apenas nas opiniões e experiências de líderes estadunidenses, é sem sombra de dúvidas um projeto controverso.
“Se os produtores da série quisessem falar com sinceridade sobre o papel dos Estados Unidos na geopolítica moderna do Oriente Médio, deveriam incluir vozes e experiências das pessoas afetadas diretamente pela ocupação”, comenta a análise do site Screen Rant.
Sem a consulta a representantes dessa população, a nova série de Chris Evans converte-se apenas em uma coleção de entrevistas com personalidades americanas. O projeto chegou a ser chamado até mesmo de “propaganda imperialista” por internautas.
Como foi evidenciado pela recente retomada do Afeganistão pelo Talibã – dias após a saída apressada das tropas americanas, as ramificações das guerras e da presença dos Estados Unidos no Oriente Médio ainda devem continuar por muitas décadas no futuro.
Infelizmente, Chris Evans parece excluir as vozes mais importantes de seu novo projeto, parecendo justificar assim os erros de sua nação na região.
Influence and Power in the Middle East estreia exclusivamente no site A Starting Point.