A segunda temporada de Round 6 chegou com tudo, retomando o suspense, os jogos e os dilemas morais que marcaram a série. O público já esperava reviravoltas impactantes, mas o episódio inicial conseguiu chocar ainda mais ao trazer uma das cenas mais intensas e inesperadas da série.
O primeiro episódio da nova temporada dedicou um tempo significativo a explorar um personagem que, apesar de sua breve participação na primeira temporada, deixou uma marca nos fãs. O Vendedor, interpretado por Gong Yoo, foi responsável por recrutar os participantes para o jogo por meio de um simples jogo de Ddjakji nas estações de metrô. Ele se tornou uma figura icônica e misteriosa, alimentando especulações sobre seu papel dentro do esquema maior do jogo.
Logo no início da temporada, porém, Round 6 surpreendeu ao eliminar o Vendedor em uma cena extremamente marcante. Durante um confronto tenso com Gi-hun, o protagonista da série, o Vendedor desafia o ex-vencedor a um jogo mortal de roleta russa, onde um dos dois certamente morreria. O desfecho da cena definiu o tom da temporada, mas deixou muitos se perguntando por que a série optou por tirar de cena um personagem tão intrigante logo de cara.
A importância do Vendedor na narrativa
O Vendedor sempre foi uma figura enigmática. Sua presença era ao mesmo tempo ameaçadora e hipnotizante, um reflexo do desequilíbrio moral que permeia o universo de Round 6. Na primeira temporada, ele foi peça-chave para introduzir os jogos e atrair participantes, enquanto sua atuação deixou no ar uma aura de mistério que contribuiu para o sucesso da série.
Com o desfecho da primeira temporada, no qual Gi-hun promete acabar com o esquema por trás dos jogos, era inevitável que o Vendedor se tornasse um alvo na investigação do protagonista. Afinal, ele era a conexão mais acessível com os organizadores do jogo. No entanto, em vez de servir como um elo direto para o próximo passo de Gi-hun, o Vendedor se tornou o catalisador de um conflito mais imediato e pessoal.
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A morte do personagem serviu para reforçar uma das principais mensagens de Round 6 de que ninguém está seguro, e todos são vulneráveis às consequências de suas ações. No confronto final entre ele e Gi-hun, o Vendedor demonstrou sua visão distorcida do mundo, afirmando que as pessoas miseráveis criam sua própria sorte. Essa filosofia, que guiava suas ações, culminou em um jogo onde ele estava disposto a arriscar sua vida para provar seu ponto.
Esse jogo não apenas expôs a crueldade do Vendedor, mas também serviu como uma prova para Gi-hun, que precisou enfrentar o mesmo tipo de decisão moral que os jogos sempre apresentaram.
Por que matar o Vendedor tão cedo?
Embora o Vendedor fosse um personagem fascinante, estender sua presença poderia ter enfraquecido o mistério em torno dele. Parte do apelo do personagem estava em sua ambiguidade, e revelar mais detalhes sobre sua história ou mantê-lo por muitos episódios poderia diluir esse efeito. Ao matá-lo logo no início, a série garantiu que sua partida tivesse impacto máximo, ao mesmo tempo em que preparou o terreno para o desenvolvimento de novas ameaças.
Além disso, sua morte foi essencial para dar continuidade ao arco de Gi-hun. Sem essa resolução imediata, o protagonista poderia ter ficado preso em uma busca interminável pelo recrutador, o que prejudicaria o avanço da trama principal. Com o Vendedor fora de cena, a série pôde direcionar o foco para a verdadeira estrutura por trás dos jogos e para os desafios que Gi-hun enfrentará ao tentar derrubá-la
A decisão de matar Gong Yoo tão cedo pode ter sido arriscada, mas resultou em um dos momentos mais intensos da série, deixando claro que ninguém está a salvo no universo brutal de Round 6.
