Sem spoilers

Série com atriz de Grey's Anatomy é o melhor drama de 2021 na Netflix

The Chair, com Sandra Oh, aborda temas importantes com leveza e bom humor

The Chair, a mais nova dramédia da Netflix, tem tudo para se estabelecer como uma das melhores produções originais da plataforma em 2021. Protagonizada por Sandra Oh, a Cristina Yang de Grey’s Anatomy, a série já conquistou o coração da crítica especializada, além de fazer grande sucesso com o público.

Criada pela atriz Amanda Peet (Dirty John) e a roteirista acadêmica Annie Wyman, The Chair poderia ter sido facilmente uma peça de teatro. Afinal de contas, Peet já escreveu duas produções do gênero.

A estrutura da série – de sua introdução à complicação e catástrofe – se relaciona com as regras da Pirâmide de Freytag, um modelo narrativo dividido em 5 etapas.

O site The Atlantic fez uma ótima análise sobre a trama de The Chair na Netflix; confira abaixo.

Conheça The Chair na Netflix

No primeiro episódio de The Chair, a protagonista Ji-yoon Jim (interpretada por Sandra Oh), havia acabado de atingir o ápice de sua carreira no departamento de inglês da Universidade de Pembroke.

O problema é que o colégio em questão está em crise. O departamento de inglês, em especial, perde uma grande quantidade de matrículas. O principal motivo é a falta de conexão entre os professores titulares do colégio, a maioria idosos, e os alunos progressistas.

Em seu primeiro dia, Ji-yoon é instruída pelo reitor a demitir uma das professoras mais velhas de Pembroke (Joan, interpretada por Holland Taylor) e o antiquado Elliot, interpretado por Bob Balaban.

Para piorar ainda mais a história, um dos professores mais populares da instituição se envolve em uma grande polêmica ao ser flagrado fazendo uma saudação nazista (ironicamente) em sala de aula.

Um dos grandes trunfos da série é satirizar “ambos os lados”, resistindo a ridicularizar opiniões e se apoiar em estereótipos para produzir um humor fácil e abrangente.

O roteiro de The Chair é elegante e rápido, analisando as principais razões pelas quais alunos jovens não criam conexões expressivas com os professores. O embate entre gerações, mesmo não sendo o principal tema da série, se estabelece como uma grande força narrativa.

A série também se destaca pela maneira como aborda a vida pessoal da protagonista Ji-yoon. Com 40 e poucos anos, separada e em um dos momentos mais complicados de sua vida profissional, a personagem cria a filha adotiva Ju-Hee – batizada com o nome da falecida mãe da personagem de Sandra Oh.

Um dos aspectos mais elogiados de The Chair é seu roteiro, descrito como “rápido e voraz”, “adulto”, “maduro” e “muito bem construído” por publicações especializadas.

Embora a divisão entre as gerações pareça impossível de ser superada, a série sugere que em pelo menos uma coisa, todos podem concordar: devemos sempre lutar pela arte, linguagem e literatura, qualquer que seja seu significado.

The Chair já está disponível na Netflix.

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