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The Crown: Conheça a verdadeira história sobre o assassinato de [SPOILER]

The Crown é uma das produções mais queridas da Netflix, com 3 temporadas de qualidade inegável já lançadas. A série acompanha o reinado da Rainha Elizabeth II, começando por sua juventude e passando por momentos importantíssimos da história do Reino Unido e do mundo.

Afinal de contas, quem não gostaria de um olhar íntimo sobre a vida da Família Real? Tudo fica ainda mais impressionante com as performances de um elenco de tirar o chapéu.

A quarta temporada da série – recém-chegada à Netflix – encantou ainda mais os fãs ao mostrar a relação da Rainha com a Princesa Diana e a então Primeira-Ministra do Reino Unido, Margaret Thatcher.

Logo no primeiro episódio, espectadores podem conferir um evento bastante traumático para todos os membros da Família Real.

Confira abaixo tudo sobre o acontecimento da vida real!

Assassinato orquestrado

Interpretado por Charles Dance, Lord Louis Mountbatten sempre foi um dos personagens mais interessantes de The Crown. Extremamente influente sobre a personalidade dos príncipes Phillip e Charles, o Primeiro Conde da Birmânia foi assassinado em 27 de agosto de 1979.

A morte de Mountbatten foi um ato terrorista orquestrado pela IRA (Exército Republicano da Irlanda), uma organização paramilitar que se formou para desafiar a legitimidade da percebida ocupação britânica da Irlanda do Norte.

O grupo cresceu em proeminência entre 1968 e 1998, época conhecida como “The Troubles” (Os Problemas) na Irlanda. O assassinato de Mountbatten foi um dos crimes mais notórios da organização.

Lord Mountbatten já havia sido alvo do IRA anteriormente, escapando da morte apenas por um desvio em uma viagem devido a uma grande tempestade.

O Conde sabia que estava sob ameaça do IRA, tendo sido informado de um plano para o assassinato de um dos membros da Casa Windsor. Mesmo assim, ele ignorou os sinais de alerta e viajou para o Castelo de Cassiebawn, residência de verão de sua família.

Como The Crown mostra perfeitamente, Lord Mountbatten foi morto em seu barco de pesca, junto com o neto adolescente Nicholas Knatchbull. A avó paterna de Nicholas e um funcionário do castelo também morreram.

Três dos presentes no barco durante a explosão sobreviveram, incluindo o irmão gêmeo de Nicholas, Timothy.

Eventualmente, Thomas McMahon foi condenado pelo crime e sentenciado à prisão perpétua. Como o maior especialista em explosivos do IRA, McMahon também foi responsável pela morte de mais 18 pessoas.

Condenado inicialmente à prisão perpétua, McMahon foi libertado em 1998 devido ao Acordo de Paz da Sexta-Feira Santa – também conhecido como Acordo de Belfast – um acordo de paz com finalidade de acabar com os entre nacionalistas e unionistas na Irlanda.

Na época, o assassinato de Lord Mountbatten foi visto como uma retribuição pelo Domingo Sangrento, um massacre no qual solados britânicos mataram 13 manifestantes em um protesto pacífico na cidade de Derry, em 1972.

Mountbatten era visto como um alvo fácil pelo IRA, principalmente por sua teimosa reação às ameaças de morte, vistas como provocação pelo grupo paramilitar.

“Para Irlandeses Republicanos, Lord Mountbatten era o principal símbolo da opressão imperialista. Ele sabia dos riscos, e sua morte representa um golpe legítimo contra um alvo inimigo”, afirmou o representante do IRA logo após o atentado.

Hoje, Thomas McMahon tem 72 anos e continua vivendo na Irlanda do Norte. Em uma entrevista em 2012, sua esposa falou sobre o assassinato de Mountbatten.

“Tommy nunca fala sobre Mountbatten. Só se lembra dos garotos que morreram. Por eles ele tem genuíno remorso. Meu Deus, muito remorso”, afirmou Rose McMahon.

A quarta temporada de The Crown está disponível na Netflix.

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