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The Flash | Descoberta da traição de Harrison Wells dá nova dinâmica à série

Atenção para spoilers da série!

“Fast Lane”, o 12º episódio do segundo ano de The Flash, parece um episódio do começo da primeira temporada. Não que isso seja ruim, mas Barry nesse episódio tem que lutar com um novo meta-humano, construído para durar apenas uma semana na estrutura da série, e o foco da trama é o time do STAR Labs, que é praticamente o mesmo (tirando a procedência dimensional do novo Harrison Wells, é claro) desde o primeiro ano. Não é um excelente episódio de forma nenhuma, mas funciona porque aumenta nossas expectativas para a próxima semana, quando finalmente vamos visitar a Terra-2.

O vilão da vez é Tar Pit (Poço de Piche), um criminoso de pequenas transgressões que, na noite da explosão do acelerador de partículas, foi jogado em um poço de asfalto por seus parceiros de crime, passou dois anos preso embaixo do material ressecado, e finalmente foi libertado por um grupo de renovação de estradas. Seu poder, o de transformar seu corpo em asfalto, duro ou derretido, deveria fazê-lo um oponente interessante para o Flash, mas o episódio não explora muito isso, fazendo com que o principal conflito para o nosso herói seja o fato de que ele não está correndo tão rápido quanto antes, o que não lhe permite salvar a amiga Iris de ser atingida por um estilhaço de vidro.

Essa diminuição na eficiência do herói vem do dispositivo que Wells-2 instalou no laboratório, que suga um pouco da velocidade do Flash – o personagem, que traiu seus “amigos” pelo vilão Zoom, que tem sua filha em cativeiro e ameaça torturá-la, eventualmente confessa a Barry e companhia o que fez. Esse deveria ser um sério baque para o herói, visto que estabelecer uma relação de mentor/aluno com Wells é importante para ele mesmo que a versão anterior do personagem tenha o traído tão sumariamente. Wells avisa para o Flash que ele também não está acima de traí-lo, principalmente se um dia Zoom o fizer escolher entre sua filha e o Flash, mas Barry conclui que a devoção do amigo a sua família não é um defeito, e Wells é perdoado, em um desenvolvimento bastante previsível, visto que esse não é um personagem (e um ator, aliás) que seria facilmente substituído.

Fazer loucuras pela família é um tema recorrente aqui – Iris, no que Wally classifica como um “desejo de morte”, infiltra a toca de um criminoso conhecido, com um gravador em mãos e transmitindo diretamente para seu computador, onde a gravação ficaria segura, e o ameaça com nada além de exposição midiática que poderia desmontar o seu negócio de rachas noturnos. Tudo, é claro, para salvar Wally do seu vício nessas corridas. O diálogo no núcleo da família West essa semana pareceu um pouco artificial, mas Jesse L. Martin conseguiu vender a emoção do momento com habilidade.

O melhor do episódio fica para o final, quando Barry convence o resto da equipe do laboratório de libertar Wells-2 e dar a ele as boas notícias: nós vamos para a Terra-2 na próxima semana – veja aqui o trailer. Nós vimos pequenos pedaços dessa realidade alternativa nas últimas semanas, mas os próximos episódios devem nos dar um gostinho mais estendido, e isso parece muito divertido – algo que essa temporada de The Flash precisa ser mais.

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