A grande compra da Fox pela Disney já foi aprovada em países como os Estados Unidos e a China, mas ainda precisa passar por outros territórios – entre eles, o Brasil, onde encontra problemas.
O Cade, o Conselho Administrativo da Defesa Econômica, está analisando a fusão entre as empresas desde julho de 2018 e organizou reuniões com agentes de companhias do mesmo setor para colher opiniões sobre a compra gerar ou não um monopólio.
Entre setembro e novembro, o órgão recebeu reclamações de quatro companhias, entre elas a Warner Bros., a SKY, NeoTV e Simba Content, que prometem tentar barrar a fusão entre Fox e Disney no Brasil.
Compra da Fox pela Disney pode prejudicar a distribuição de conteúdo no México
Grande parte das contestações das empresas giram em torno de um possível duopólio no mercado de canais esportivos para TV por assinatura, já que a ESPN e a Fox Sports passariam a pertencer a uma mesma companhia.
Desta forma, a disputa seria concentrada apenas entre Disney, com ESPN e Fox, e Globo, com o SportTV.
A análise do caso ainda está em andamento e a decisão final deve ser anunciada em breve; no caso de aprovação total ou parcial, a compra ainda será julgada no plenário do órgão, composto por sete conselheiros do Cade.