A quinta temporada de Yellowstone trouxe momentos de tensão crescente para os Duttons e os desafios que enfrentam para proteger seu legado. O décimo episódio, intitulado “The Apocalypse of Change”, surpreendeu os espectadores com uma abertura peculiar e aparentemente desconexa do restante da trama. O episódio começa com uma sequência em um acampamento no Texas, marcando uma ruptura narrativa que logo se revela carregada de significado.
Desde seu início, a série estabeleceu uma conexão forte entre suas histórias e o ambiente em que elas se desenrolam. O rancho Dutton, desta forma, se tornou um personagem que influencia diretamente as escolhas e os conflitos da trama. No entanto, ao abrir o episódio com Rip em um acampamento no Texas, enfrentando uma situação inusitada envolvendo cobras, a série deu um passo que, a princípio, pode parecer deslocada, mas rapidamente se mostra essencial para compreender os desafios que a família enfrenta.
A cena mostra Rip encontrando uma cobra na barraca de Teeter, alertando-a sobre os perigos de deixar a tenda aberta. A situação piora quando ele descobre que o acampamento foi montado sobre um ninho de víboras. O momento, carregado de tensão, serve como uma metáfora para o estado atual da família Dutton e os perigos que a cercam.
Essa abertura se desdobra em simbolismos que permeiam todo o décimo episódio. Além de aparecerem no acampamento, elas se revelam de forma figurativa, sendo usadas como metáfora para personagens traiçoeiros e situações perigosas. Beth, por exemplo, chama Summer, ex-namorada de seu pai, de “víbora”, antes de confrontar Jamie sobre seu papel na morte de John. A repetição do tema das cobras reforça a ideia de que os Duttons estão cercados por inimigos, muitos deles dentro de seu próprio círculo.
Ameaças por todos os lados
O rancho Dutton, além de enfrentar ameaças externas de investidores, também é alvo das traições de Jamie, filho adotivo de John, que se tornou o maior inimigo da família. Ele trabalha em segredo para destruir o legado de seu pai, usando a lei como arma para reverter o truste de terras e vender o rancho para interesses comerciais. O comentário de Rip sobre Teeter deixar a barraca aberta reflete o descuido dos Duttons ao permitir que Jamie ganhasse tanto poder dentro da família.
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O episódio também ressalta a tensão histórica do rancho, que está situado em terras originalmente pertencentes a povos indígenas. Essa origem controversa alimenta a disputa entre os Duttons e Chief Rainwater, que busca recuperar parte do território para sua tribo. Além disso, investidores ambiciosos enxergam o rancho como uma oportunidade lucrativa, intensificando os conflitos em torno da propriedade.
Ao retratar o acampamento sobre um ninho de víboras, Yellowstone faz uma analogia poderosa sobre os riscos de ignorar ameaças internas e externas. Rip, ao lidar com as cobras, simboliza a luta pela sobrevivência da família, enquanto Jamie representa o veneno infiltrado na linhagem Dutton. Essa metáfora é ampliada com a figura de Beth, que se posiciona como a principal adversária de Jamie, determinada a proteger o rancho a qualquer custo.
Beth, conhecida por sua ousadia e estratégias implacáveis, se recusa a ceder ao plano de Jamie. Ele acredita que os Duttons não terão recursos para enfrentá-lo legalmente, mas subestima a força de sua irmã. Motivada pelo luto e pela raiva, Beth está disposta a arriscar tudo para preservar o legado de John e garantir o futuro do rancho.
O episódio deixa claro que a batalha pelo rancho será árdua, mas os Duttons não estão dispostos a desistir. O simbolismo das cobras e a tensão crescente entre os personagens indicam que o desfecho da temporada promete ser intenso, com consequências para todos os envolvidos.
A quinta temporada de Yellowstone está disponível no Paramount+, com novos episódios sendo lançados semanalmente.
