Tivemos a oportunidade de vermos uma prévia de 15 minutos de A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell e as primeiras impressões são animadoras. A esperada adaptação do anime japonês Ghost in the Shell conta com Scarlett Johansson como protagonista e narra a história de uma ciborgue com inteligência, cérebro e alma de humano que comanda um esquadrão especializado no combate de crimes cibernéticos.
Nesses poucos minutos de animação, já dá para se notar a construção desse mundo pós-apocalíptico. O filme dialoga, e muito, com uma estética cyberpunk, estilo muito comum nas produções sci-fis dos anos 1980, período que data as primeiras publicações do anime Ghost in the Shell. A Vigilante do Amanhã aposta nesse futuro nada límpido, em que um emaranhado de fios e cabos se misturam a gigantescos luminosos e uma série de hologramas. A utilização desse passado “usado”, algo muito bem trabalhado no clássico Blade Runner (1982), parece conferir a esse projeto uma atmosfera sombria, de um futuro mais preocupante do que utópico.
Ainda na cultura cyberpunk, A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell parece ter interesse em abordar questões que costumam habitar esse subgênero da ficção científica. Nos dois pequenos segmentos vistos, há sempre a referência da fusão entre máquinas e homem, entre tecnologia artificial e humana. A criação da própria ciborgue é uma sequência que mostra a unificação total entre essas duas dimensões. Ao que tudo indica essa característica que moverá as questões mais íntimas da protagonista, ela se configura como uma máquina, ou como um ser humano? Perguntas que podem ser respondidas apenas vendo o filme inteiro.
Visualmente impactante, A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell é um espetáculo em relação a sua construção através de cenários e feitos gráficos, sendo completado com um 3D bastante imersivo. Esteticamente, o longa já promete uma viagem por completo a um futuro instigante, interessante e totalmente sombrio. Scarlett nesse mundo deverá ser mais uma a entrar para a grande coleção de grandes heroínas, resta saber se em todo duração o filme cumprirá com suas expectativas.
No pouco tempo que tivemos frente ao longa, A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell promete bastante. Se narrativamente ainda entendemos pouco daquele universo, os trechos foram capaz de impactar por uma retomada extremamente inventiva de um sub gênero já bastante interessante. Estamos ansiosos para uma viagem ao futuro da Vigilante do Amanhã.