O casal formado por Angelina Jolie e Brad Pitt, chamado pela mídia de “Brangelina”, foi um dos acontecimentos mais populares e radicais da Hollywood moderna. Poucas vezes tivemos um casal tão “star power” na indústria do cinema, e o divórcio que se iniciou em 2016 e finalmente foi concluído este ano foi um choque para os fãs do casal.
Após um longo processo, cada um seguiu por caminhos diferentes, e realmente são duas celebridades com carreiras bem distintas. Nesse artigo, nosso objetivo é analisar como foram as decisões criativas de Jolie e Pitt após – e durante – o turbulento processo.
O Plano B de Brad Pitt
Nos últimos anos, a presença de Brad Pitt nas telas não foi muito sentida, mas ele certamente estava pro trás delas. Para quem não sabe, o ator tem uma das renomadas produtoras de cinema independente dos EUA: a Plan B. Além de ter vencido o Oscar de Melhor Filme por 12 Anos de Escravidão e Moonlight: Sob a Luz do Luar, a produtora esteve envolvida em outros sucessos da temporada de prêmios recente, como Se a Rua Beale Falasse, Vice e Querido Menino.
Em 2019, Pitt trouxe um de seus anos mais fortes na memória recente. Um pouco afastado das telas, com seu último papel central sendo na comédia política Máquina de Guerra, da Netflix, ele retoma sua parceria de Bastardos Inglórios com Quentin Tarantino no aguardado Era Uma Vez em Hollywood. No filme, ele forma uma dupla marcante com Leonardo DiCaprio, na pele de um ator veterano em decadência e seu dublê de ação, que vagam pela Hollywood de 1969 e acabam se envolvendo com o notório culto da Família de Charles Manson.
E estrelar o novo filme de Quentin Tarantino já seria uma grande conquista, com o diretor sendo um daqueles nomes que sendo atrai astros, mas o ator ainda tem um grande projeto em 2019. Após alguns adiamentos e muita espera dos fãs, a ficção científica Ad Astra finalmente garantiu seu lançamento, tendo estreia marcada para setembro deste ano. É mais uma parceria de Pitt com um diretor autoral, James Gray (de Z – A Cidade Perdida), e que também coloca o ator na função de produtor com sua Plan B. Ambos os filmes são potenciais jogadores na temporada de prêmios.
Se há uma grande perda para Pitt nesse meio tempo, foi a continuação de Guerra Mundial Z. Por anos, ele tentou fazer o novo filme de zumbis acontecer, e ainda com seu amigo e colaborador David Fincher. Parecia que o projeto iria sair do papel, mas as negociações entre o diretor e a Paramount Pictures não deram certo. Infelizmente.
Angelina Jolie abraça a Disney
Assim como Pitt, Angelina Jolie também não se restringiu à atuação. Ela estreou na direção em 2013, com Na Terra do Amor e Ódio, e então trouxe os dramas Invencível, Primeiro Eles Mataram Meu Pai e À Beira-Mar. Após o anúncio do divórcio, Jolie não voltou para trás das câmeras, e também não revelou mais nenhum projeto que esteja em desenvolvimento, optando por uma dedicação maior à sua carreira como atriz.
Nas telas, seu grande papel nos últimos anos veio como a protagonista de Malévola. O filme da Disney ofereceu uma releitura do conto clássico de A Bela Adormecida. Apesar de críticas medianas, o longa foi um dos maiores sucessos da carreira de Jolie nas bilheterias, e garantiu uma continuação – A Dona do Mal – que chega aos cinemas em outubro deste ano, e que literalmente foi antecipada de 2020 para esse ano.
O grande destaque, claro, fica para o anúncio da atriz em Os Eternos, novo filme da Marvel Studios que promete ganhar as telas em 2020. Juntar-se ao MCU é garantia de popularidade e até mesmo de garantir novos projetos e oportunidades, e parece a decisão perfeita para Jolie, que não tinha um grande papel em franquia em um tempo – podemos concordar que Malévola não é exatamente a propriedade mais memorável da cultura pop.
Analisando estritamente do ponto de vista criativo, parece que Pitt leva essa vitória. Tem dois filmes quentes em 2019, que podem chegar ao Oscar e ainda participou da produção de diversos longas premiados nos últimos anos. Mas Jolie certamente vai dominar as telas nos próximos anos, sendo a grande face de Os Eternos.