Ídolos do K-pop, da Apple TV+, acompanha Jessi (Jessica Ho), uma rapper coreano-americana que está traçando um novo caminho após deixar a gravadora do artista de Gangnam Style, Psy; o grupo feminino Blackswan, que busca o estrelato global, mas enfrenta contratempos por conflitos internos; e a novata Cravity, uma boy band de nove membros tentando se destacar após estrear durante a pandemia de Covid-19.
Enquanto Jessi está na cena musical coreana desde o lançamento de seu primeiro single em 2005, Cravity é uma novata chamativa tentando encontrar seu estilo e espaço em um mercado lotado. O Blackswan existe há mais de uma década, com diferentes membros e nomes, mas tenta se encontrar na sua versão atual, que evolui conforme o programa se desenvolve.
As exportações culturais da Coreia do Sul explodiram na última década, com supergrupos como BTS e Blackpink liderando as paradas musicais internacionais e séries de K-drama alcançando popularidade massiva nas plataformas de streaming.
Com quase duas décadas de experiência na indústria musical, Jessi é a artista mais estabelecida apresentada em Ídolos do K-pop.
Mais sobre Ídolos do k-pop
Acompanhando os artistas em turnês mundiais, compartilhando momentos emocionais e enfrentando exaustivas sessões de treinamento de horas, o programa oferece uma visão sobre a indústria altamente competitiva e multibilionária que exige padrões extremamente altos de seus jovens astros.
Artistas de k-pop, muitos dos quais começam a treinar ainda adolescentes, muitas vezes enfrentam intensa pressão de suas rigorosas equipes de gerenciamento, uma cultura de trabalho que tem sido associada a uma crise de saúde mental na indústria. Vários astros do K-pop tiraram a própria vida nos últimos anos, provocando uma onda de luto entre os fãs.
Um dos principais enredos gira em torno do conflito entre as integrantes do Blackswan, Leia (Larissa Ayumi Cartes Sakata) e Fatou (Fatou Samba), que começa quando Leia publica nas redes sociais que está entediada durante um evento social na casa da família de Fatou após o primeiro show do grupo em Bruxelas.
Leia depois explica que achou difícil participar do evento porque sentia saudades de sua própria família no Brasil, um desafio que ela discute longamente ao longo da série. Ela também aborda sua depressão e o estigma que acompanha o ato de falar abertamente sobre saúde mental.
“Eu sei que estou doente”, disse a cantora brasileira. “Aqui na Coreia, depressão não é uma doença.”
Em outro momento vulnerável, uma emocionada Jessi fala sobre os sacrifícios que vêm com o trabalho, especialmente em relação a priorizar o trabalho em vez de relacionamentos.
“Quando volto para casa (na) Coreia, eu volto para uma casa vazia”, Jessi diz aos espectadores. “É tão solitário. Eu pensei que esse fosse um sonho bonito, mas não era.”
A série também documenta os recentes esforços da indústria do K-pop para aumentar o apelo global do gênero recrutando talentos estrangeiros.
Outro tema da série são os padrões de imagem corporal que todos os idols do k-pop devem seguir, e as medidas extremas necessárias para alcançá-los. As estrelas falam frequentemente sobre como comem pouco e treinam muito, mesmo quando seus pais demonstram preocupação.
Essas cenas mais duras são intercaladas com momentos de leveza: a amizade comovente entre Gabi e Sriya, um abraço tocante entre Fatou e sua mãe, a irmandade entre os membros do Cravity, a empolgação dos fãs e as performances eletrizantes dos artistas.
Ídolos do K-pop está disponível na Apple TV+.