Depois de ganhar destaque em Malhação Pro Dia Nascer Feliz, 2016, da TV Globo, e da atração do Gloob, Detetives do Prédio Azul, o ator Caio Manhente, 18, é um dos destaques do longa Berenice Procura, dirigido por Allan Fiterman e protagonizado por Cláudia Abreu.
Todo o suspense – baseado no romance homônimo de Luiz Alfredo Garcia-Roza – gira em torno das descobertas de Thiago e da amizade que ele mantém com sua melhor amiga, Isabelle, uma transgênero, a estrela de uma boate do bairro que acaba sendo morta de forma brutal em uma praia da cidade.
Para o papel, Caio fez alguns testes, um deles com Cláudia, e afirmou que com “muita sorte” levou o personagem, mas a entrega do jovem diz muito sobre o seu futuro na dramaturgia. Suas cenas são delicadas, envolventes. Logo de início, Manhente contracena com Vera Holtz e por aí vai.
Em entrevista exclusiva ao Observatório do Cinema, Caio falou sobre o seu personagem e todos os conflitos que cercam a vida do garoto, que está no epicentro de uma família arruinada. Confira:
Como você analisa os conflitos familiares que se desenvolvem na relação do filho com os pais e entre os pais do Thiago?
É uma família muito disfuncional. São pessoas que se afastaram muito, por algum motivo, talvez pelo relacionamento dos dois eles tenham afastado o filho. O Domingos [Eduardo Moscovis] é um cara muito machista. É uma relação muito estremecida. Com o pai ele quase não tem contato, não tem lugar de fala. E com a mãe isso se perdeu em algum momento. Não sei pela relação dos dois [marido e mulher] que ela ficou confusa e de alguma forma projetou isso no filho também.
O filme é bonito justamente porque acompanha esse regaste do filho… Tanto que ele fala pra ela [mãe] que a Isabelle conhecia o Thiago melhor que a Berenice. E é verdade… Um dos possíveis sentidos para Berenice procura é justamente procurar esse diálogo com filho, que em algum momento se perdeu…
Assista a entrevista completa com Caio Manhente:
Berenice Procura já está em cartaz nos cinemas.