O primeiro painel do auditório Cinemark da CCXP desta sexta-feira (08) foi reservado para uma grande homenagem à atriz Fernanda Montenegro.
O painel começou como um vídeo com diversas cenas da atriz e assim que a artista veterana entrou no palco ela foi ovacionada por toda a platéia. Fernanda não deixou escapar as lágrimas e chorou ao ver a recepção dos fãs.
Fernanda está completando 70 anos de carreira e foi questionada sobre como é fazer arte no Brasil. Obviamente, ela falou que acredita ser “vital fazer arte no Brasil de hoje. Um país, como nação, precisa valorizar sua própria cultura”.
Devido a essa questão relacionada ao Brasil, ela foi questionada sobre a novela O Outro Lado do Paraíso, que tem um peso forte de representação regional do Brasil. Fernanda acredita que a novela é importante para conhecer melhor o país, uma vez que agora a comunicação não tem fronteiras, e é possível se comunicar em diversos locais do país ao mesmo tempo. Ela também acredita que o autor, Walcyr Carrasco, foi muito corajoso ao unir atores jovens e atores veteranos.
Trechos de novelas famosas da atriz, como Rainha da Sucata, Belíssima, Riacho doce, entre outras, foram exibidos no palco. Fernando confessou que embora faça parte do cinema e da televisão, ela é uma mulher de teatro. Ela confessou que a primeira experiência que teve no teatro foi aos 6 anos, no qual interpretou um soldado com poucas falas, mas que ao subir no palco, ela se sentiu uma verdadeira atriz.
Já no cinema, Fernanda disse que começou aos 15 anos, quando soube através de uma rádio que estavam escalando radio-atores. Questionado por seu Emmy pelo telefilme Doce de Mãe, Fernanda acredita que foi um “carinho de Deus”, que a compensou por toda a sua trajetória no cinema.
Claro, ela também falou um pouco sobre quadrinhos. A atriz revelou que leu mais títulos antigos dos anos 30, como Trem Fantasma, que na época ainda eram chamadas de suplementos juvenis. Ao final, ela foi novamente aplaudida pela grande atriz que é.