Uma das produções que devem ser parte essencial da Fase 4 da Marvel Studios não está no cinema, mas sim no streaming. WandaVision é uma da séries originais do estúdio para o Disney+, colocando em foco a relação da Wanda Maximoff de Elizabeth Olsen e o Visão de Paul Bettany, que formaram um casal brevemente durante filmes anteriores do MCU.
Mas a premissa da série traz uma complicação um tanto óbvia: o androide Visão foi morto em Vingadores: Guerra Infinita. Duas vezes, na verdade. A própria Wanda foi forçada a destruí-lo para impedir que Thanos roubasse a Joia da Mente de sua testa, mas o Titã Louco logo reverteu o tempo, reconstruiu Visão e o matou ao arrancar a pedra de sua cabeça. Como ele não foi morto pelo estalo, foi impossível que Hulk o trouxesse de volta em Vingadores: Ultimato, e vamos ainda mais fundo na metafísica ao questionar se o Visão é mesmo um “ser vivo”.
A questão é que ainda existem vestígios do Visão na Terra. Seu corpo ficou em Wakanda após o clímax de Guerra Infinita, e ainda existe a possibilidade de Shuri ter realizado algum tipo de “backup” de seu sistema enquanto tentava separar a Joia do Infinito de seu corpo. Mesmo sem ela, ele ainda teria a programação de JARVIS, Ultron e os conhecimentos de Bruce Banner e Tony Stark.
Uma possibilidade mais improvável, é que os poderes da Feiticeira Escarlate poderiam ser aprimorados para garantir a ressuscitação do Visão. Não é algo inteiramente impossível, afinal os poderes de Wanda foram originados dos experimentos do Barão Von Strucker (de Vingadores: Era de Ultron) com o cetro de Loki – que abrigava a Joia da Mente, a mesma na testa do androide.
Alucinação da Feiticeira
A probabilidade mais verossímil, porém, envolve o título da série. Apesar de ser um trocadilho divertido com os nomes dos protagonistas, WandaVision literalmente está nos falando sobre a “Visão de Raven Wanda”, indicando que teremos o lado mais sombrio e perturbador da Feiticeira Escarlate, explorado com maestria e detalhes no arco dos quadrinhos de Dinastia M.
A HQ dos X-Men de Brian Michael Bendis e Olivier Coipel gira em torno da Feiticeira Escarlate, que está em um momento ruim após a destruição da nação de Genosha, além da destruição de Visão e o desaparecimento de seus filhos da existência.
Isso leva Wanda a criar uma realidade alternativa onde todos os Vingadores e heróis da Marvel têm seus sonhos realizados. Mas quando todos percebem que não se passa de uma ilusão, começa a intriga para reverter a situação. Magneto destrói a ilusão ao matar Mercúrio, que havia convencido sua irmã a criar a chamada Dinastia M. Ao voltar à realidade, Wanda joga uma última carta ao sussurrar “Sem mais mutantes”, levando ao fim de milhões de poderes mutantes o redor do planeta.
Claro que a série não deve ser uma adaptação literal de Dinastia M, mas certamente indica rumos para isso. A ideia de Wanda criar uma realidade ideal faz parte da proposta de WandaVision, já que Elizabeth Olsen deixou escapar que gravou uma cena ambientada na década de 50, além de prometer “viradas bem esquisitas” na narrativa do Disney+.
WandaVision terá produção de Jac Schaeffer, roteirista de Viúva Negra e Capitã Marvel, com supervisão de Kevin Feige, presidente do Marvel Studios. Elizabeth Olsen (Feiticeira Escarlate) e Paul Betanny (Visão) são os protagonistas.
WandaVision estreia no streaming do Disney+ em 2021, ainda sem data marcada.