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Crítica | 1 Contra Todos volta às raízes em sua 3ª temporada

O já renomado diretor Breno Silveira (2 Filhos de Francisco, Gonzaga, Entre Irmãs) volta com o seu projeto 1 Contra Todos em uma terceira temporada que promete uma volta às raízes da série. Acostumado com o cinema, Breno traz todo o trabalho de fotografia que o brasileiro está acostumado a ver na telona para a televisão, em um belíssimo trabalho.

A série se mostra inteligente ao se encarar como um trabalho próximo ao cinema. Cada uma de suas temporadas é um longo filme, o que permite o espectador assisti-la de forma independente, embora seja mais interessante tê-la visto desde o início. Assim, o público não precisa ter de esperar anos para ver a conclusão do arco que acompanha, que sempre se fecha satisfatoriamente. É assim que a terceira temporada tem um início.

Assim, a personagem de Júlio Andrade volta a se encontrar em uma situação onde está contra todo o mundo, cada vez mais chafurdado em suas tentativas errôneas de vencer na vida e ajudar sua família. A série se abrilhanta ao conseguir seguir sua premissa de conseguir fazê-la sem forçar a barra.

Assim, 1 Contra Todos se mostra atual, com personagens verossímeis, mesmo aquelas que acabam caindo para um lado mais moralista, o que poderia tirar o tom da realidade, que é melhor tratada com a personagem de Júlio Andrade, em contraponto, nessa terceira temporada, à de Julia Ianina, que são os grandes destaques de atuação.

A trama promete ser de toda interessante e, por mais que os primeiros momentos não surpreendam muito, é apenas o início de uma história que já mostra que será complexa e intrigante. 1 Contra Todos trata o país como uma bagunça, em uma tentativa de crítica interessante não só para o público brasileiro mais por sua capacidade de alcance que não deve parar nas fronteiras nacionais, por ser invariavelmente cheia de maneiras novas e bem arquitetadas de se contar uma história.

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