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Crítica | Objetos Cortantes chega trazendo Amy Adams em suspense sombrio e inquieto

Objetos Cortantes é a nova aposta da HBO para agradar seu público cada vez maior graças ao sucesso de Game of Thrones. Assim, o novo suspense traz algumas similaridades com série recém-lançadas pelo canal, como a cancelada Here And Now.

Com uma bela fotografia, o clima da série se mantém em suspense escuro e inquieto, bastante similar ao início de alguns filmes de terror. A movimentação da câmera, bem como seus enquadramentos, contribuem para isso. A trama também se mescla com essa ideia, apresentando aos poucos, assim como Game of Thrones, a dúvida do sobrenatural. Aqui, Objetos Cortantes se assemelha mais como Here And Now, abusando das possibilidades de explorar um thriller psicológico, com ainda mais enfoque.

Amy Adams é mais uma estrela das telonas que chega na televisão. No papel de Camille Preaker, uma jornalista que recebe a missão de trabalhar em cima de recentes assassinatos em sua pequena cidade natal, a atriz traz uma belíssima atuação que promete ser testada pela série. Tratando-se de um suspense, a série apesar de escolher uma forma um tanto mais lenta de se contar uma história, mostra que o extremo da personagem deve ser posto à prova.

Por enquanto a introdução da personagem é um tanto desgastante. O que prende o espectador acaba por ser mais em torno da recepção dos habitantes de sua cidade do que na própria personagem. Apesar da boa atuação de Adams, os diálogos mais longos de Camille, principalmente com o detetive Richard Willis, interpretado por Chris Medina, trazem bastante frases de efeito.

Patricia Clarkson é outra boa atuação da série no papel da mãe de Camille, Adora Crellin. A própria diferença de sobrenome já é algo que se faz notar ao público para mostrar o quanto Camille está desligada da cidade, mostrando uma personagem completamente alheia ao universo a ser explorado agora. Ao mesmo tempo, o que parecem ser flashbacks trazem a sensação de que muito de sua conexão com a cidade deve ser explicado. Nesse quesito, a série mostra uma fórmula parecida com Westworld, contando duas histórias complementares em diferentes momentos do tempo de seus protagonistas.

Objetos Cortantes traz a qualidade das séries da HBO e o aprendizado com suas recentes produções ao mesmo tempo que se torna única pela maneira com a qual resolveu conduzir a série. Os segundos finais provam que a série pode ir para um lado mais místico, embora se aproveitando do psicológico para guiar seu enredo.

Assim a série é uma boa aposta para suas produções, com o nome de Amy Adams atraindo um público que Tim Robbins e Holly Hunter não conseguiram em Here And Now. Os assassinatos também trazem uma maneira muito eficaz da série intrigar o espectador, que deve ser ver maravilhado em meio aos novos acontecimentos e os antigos, em meio sua busca por respostas.

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