Injustiça

A carreira dessa atriz foi arruinada por interpretar princesa da Disney

Atriz não foi reconhecida por Branca de Neve e os Sete Anões

Branca de Neve e os Sete Anões
Branca de Neve e os Sete Anões

A carreira de uma atriz foi arruinada depois de interpretar uma princesa da Disney, e tudo por causa de uma regra estúpida da empresa.

Ser associado à Disney geralmente significa que um ator recebe grande reconhecimento e fama. No entanto, uma regra que estava em vigor para os primeiros projetos de animação da Disney fez com que os atores não tivessem a chance de colher os frutos de seu trabalho. Com isso, suas contribuições para os projetos que se tornaram amados por milhões de pessoas não foram reconhecidas.

Os primeiros filmes de animação da Disney estavam vinculados a uma regra não convencional, que não permitia que os dubladores fossem creditados por seu trabalho com o estúdio.

Isso foi feito com a intenção de preservar a magia dos filmes, já que Walt Disney supostamente queria que a voz de um personagem fosse associada apenas à versão animada, e não a uma pessoa real.

Isso significa que os atores responsáveis pelo sucesso inicial da Disney e pelo legado de um século da empresa não puderam ser reconhecidos ou utilizar sua experiência de trabalho para construir suas carreiras futuras.

Cena de Branca de Neve e os Sete Anões

Atriz de Branca de Neve foi reconhecida décadas depois pela Disney

Devido a essa estranha regra, a voz da Branca de Neve – Adriana Caselotti – e os demais atores de Branca de Neve e os Sete Anões não receberam crédito por suas contribuições.

Também foi relatado que Caselotti não tinha permissão para compartilhar com ninguém que a voz por trás da princesa era sua, o que a levou a ter dificuldades para encontrar outras oportunidades de atuação.

Há outras especulações de que Caselotti foi colocada na lista negra da Disney depois de emprestar sua voz à personagem Branca de Neve.

Esse boato nunca foi confirmado, a não ser por um apresentador de rádio chamado Jack Benny, que disse ao The Day que Caselotti não tinha permissão para participar de seu programa porque o público reconheceria sua voz e a associaria a uma pessoa real em vez de apenas à Branca de Neve.

Caselotti não teve nenhuma grande oportunidade de atuar, tendo apenas um pequeno papel em O Mágico de Oz e em A Felicidade Não se Compra, depois de Branca de Neve e os Sete Anões, o que significa que sua carreira foi essencialmente encerrada por esse único papel.

A Disney só começou a reconhecê-la e celebrá-la no início dos anos 1970, décadas depois do lançamento do filme.

Para piorar, Caselotti recebeu apenas US$ 970, apesar dos três anos de trabalho no projeto. Esse valor equivale a US$ 20.725,06 atualmente, com ajustes de inflação (via ScreenRant), o que claramente não é uma compensação justa por seu talento e tempo.

De acordo com Caselotti, ela nem mesmo sabia no que estava se metendo. Ela disse ao The New York Times que a Disney lhe disse que o filme seria apenas um pouco mais longo do que os curtas-metragens normais de 10 a 12 minutos, o que não era verdade, visto que o filme tem 83 minutos. Ela também disse que não foi convidada para a estreia do filme, apesar de ter o papel principal nele.

Em 1938, Caselotti e seu colega, que dublava o príncipe, Harry Stockwell, entraram com um processo contra a Disney. Eles alegaram que lhes era devido dinheiro pela trilha sonora de Branca de Neve e pediram US$ 200.000 e US$ 100.000, respectivamente.

Infelizmente, nenhum dos processos acabou sendo bem-sucedido. Apesar da perda desoladora de oportunidades de carreira, Caselotti não parece estar em más relações com a empresa e foi nomeada Disney Legend em 1994, apenas três anos antes de sua morte.

Sair da versão mobile