Sucesso de público e crítica, Red: Crescer é uma Fera conquista fãs no mundo inteiro ao abordar com sensibilidade e bom humor aspectos importantes da puberdade e do início da adolescência. O filme da Pixar é voltado para toda a família, mas apenas adultos notam certos elementos da trama, entre referências à cultura pop, similaridades temáticas e muito mais.
“O filme traz a história de uma simpática adolescente de 13 anos chamada Mei Lee. O problema é que, se não bastassem todas as questões e mudanças que a adolescência traz por si só, toda vez que ela fica nervosa ou tem emoções fortes, Mei Lee se transforma em um Panda Vermelho gigante. E agora?”, informa a sinopse de Red: Crescer é uma Fera, divulgada pela Disney.
A produção entra para a história como o primeiro filme da Pixar a ser dirigido por uma mulher, e como a primeira história da companhia a ser ambientada no Canadá.
O site Looper listou 7 coisas de Red: Crescer é uma Fera que apenas os adultos notam; veja abaixo.
Red: Crescer é uma Fera se passa nos anos 2000
Adultos que viveram no final dos anos 90 e início dos anos 2000, com certeza, reconhecem a ambientação de Red: Crescer é uma Fera – já que o filme da Disney se passa nessa nostálgica época. Crianças, por outro lado, podem ficar confusas com o fato de nenhum dos personagens utilizar smartphones para comunicação.
O cenário temporal do longa também é comprovado por outras referências interessantes, como o fato dos personagens escutarem músicas por meio de CDs, não em plataformas digitais. Uma dessas referências acontece quando Miriam, uma das melhores amigas da protagonista Mei, oferece à personagem um CD da banda 4Town – claramente inspirada em Backstreet Boys e N’Sync.
Os problemas da adolescência
Segundo o site Looper, adultos e jovens podem se identificar com a maneira que Red: Crescer é uma Fera aborda os problemas do crescimento e os dilemas da adolescência. Para crianças, entretanto, esses momentos passam despercebidos. O fato de Mei se transformar em um panda vermelho ao ficar nervosa exemplifica perfeitamente o tumulto emocional dessa fase da vida.
“Antes da adolescência, as crianças ficam perfeitamente felizes em seguir o que os pais mandam. Mas no início da adolescência, começam a se importar mais com as opiniões dos amigos e dos pais. Além disso, elas começam a sentir sensações que não conseguem explicar, especificamente necessidades sexuais que nunca haviam aparecido anteriormente”, avalia o site Looper.
Referências ao crescimento
Mei se transforma no panda vermelho, pela primeira vez, ao acordar de um pesadelo. Isso significa que a personagem acorda sem perceber que seu corpo sofreu uma grande mudança durante o sono. Por isso, quando ela se olha no espelho, reage com terror, medo e lágrimas. Quando a mãe de Mei desconfia do que está acontecendo, pergunta se “a peônia vermelha floresceu”.
O momento é uma clara referência à primeira menstruação, que costuma acontecer na idade de Mei em Red: Crescer é uma Fera. Embora a referência não seja compreendida por crianças, adultos rapidamente percebem que Ming se pergunta se a filha começou a menstruar. O momento funciona como uma espécie de metáfora, que foge do repertório dos espectadores mais jovens.
Outra referência aos anos 2000
Quando Mei se introduz ao público no início de Red: Crescer é uma Fera, faz questão de mostrar um acessório redondo e cor de rosa, acoplado a um chaveiro em sua mochila. Crianças não reconhecem o acessório em questão, mas adultos sabem que se trata de um Tamagotchi, brinquedo extremamente popular no final dos anos 90 e início dos anos 2000.
Se você não sabe, os Tamagotchis foram uma espécie de “pet digital”. Pela interface simplificada do brinquedo, as crianças da época podiam alimentar, treinar e brincar com os bichinhos. Os gráficos da época eram rudimentares, mas mesmo assim, o brinquedo se tornou um verdadeiro fenômeno no mundo todo. Sendo assim, faz sentido Mei ter um brinquedo do tipo.
O panda vermelho da vida real
Quando Mei se transforma no panda vermelho, assume uma forma gigante. Mas algo que só os adultos percebem, é que o tamanho fantástico da criatura não faz sentido. Afinal de contas, na vida real, os pandas vermelhos são realmente pequenos. Eles não se parecem em nada com os pandas originais, que podem chegar a até 160 quilos na fase adulta. Ou seja: o panda vermelho de Red: Crescer é uma Fera é uma criação completamente fictícia.
Na vida real, os pandas vermelhos são pouco maiores que um gato doméstico, e se parecem muito com raposas. A espécie tem o nome científico de Ailurus fulgens, e é nativa do Himalaia e sudoeste da China, algo que também se relaciona com a trama do filme da Disney. Também é importante lembrar que os pandas vermelhos são considerados uma espécie ameaçada de extinção, devido à caça e a destruição do habitat natural.
Os super poderes de Mei
Quando Mei se transforma no panda vermelho, é obrigada a recalcular seus movimentos e lidar com sua forma gigante. Entretanto, à medida que a trama de Red: Crescer é uma Fera se desenvolve, a protagonista passa a se sentir mais confortável com sua nova forma. Pulando por aí e dançando como o urso gigante, a personagem também consegue reverter a transformação com mais facilidade.
No clímax do filme, quando Mei decide acompanhar as amigas no show da 4Town, sua forma mágica parece contar também com super-poderes. Mei pula de um prédio para o outro como o panda vermelho, alternando para a forma humana periodicamente. Ao chegar ao local do conserto, ela pula pelo teto retrátil, avista os amigos na multidão e consegue aterrissar do lado deles – algo que seria difícil até mesmo para os heróis mais experientes.
O elenco de vozes de Red: Crescer é uma Fera
O elenco de vozes de Red: Crescer é uma Fera é liderado pela novata Rosalie Chiang. No entanto, outros nomes são facilmente reconhecidos pelos adultos. Sandra Oh, a intérprete da Dra. Cristina Yang no drama médico Grey’s Anatomy, dubla Ming, a mãe de Mei. A atriz também é conhecida por sua performance na série Killing Eve, pela qual recebeu várias indicações ao Emmy. Crianças, por outro lado, não conhecem a estrela.
Sr. Gao, o homem que performa o ritual de separação ao final do longa, tem uma voz mais reconhecível para os pequenos. O dublador também é responsável pela voz do Sr. Ping em Kung Fu Panda. O ator em questão é James Hong, que conta com uma extensa carreira em Hollywood, com personagens como David Lo Pan em Os Aventureiros do Bairro Proibido e Chew em Blade Runner.
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