Concorda?

Loki: Série do Disney+ é perigosa e pode arruinar o MCU; veja por quê

Marvel deve tomar muito cuidado ao lidar com o multiverso

A culpa é do multiverso. A ideia de que múltiplos universos paralelos existem simultaneamente não é nova para os quadrinhos, mas agora está se espalhando por filmes e séries de super-heróis. A mais recente é Loki do Marvel Studios.

A série do Disney+, que recentemente recebeu seu primeiro episódio, mostra uma versão de universo paralelo de Loki (Tom Hiddleston) viajando no tempo para consertar a realidade, que ele quebrou quando roubou o Tesseract em Vingadores: Ultimato de 2019.

Também há rumores de que Homem-Aranha: No Way Home se envolverá no multiverso, supostamente misturando atores de filmes anteriores do Homem-Aranha não relacionados, incluindo Tobey Maguire, Andrew Garfield e Alfred Molina, em um único filme.

Também centrado em um épico multiverso, Flash, previsto para 2022, incluirá dois atores do Batman, Michael Keaton e Ben Affleck. A vindoura sequência de Doutor Estranho vai direto ao assunto e se autodenomina “No Multiverso da Loucura”.

Quando bem feito, como com Homem-Aranha no Aranhaverso de 2018, o conceito de universo paralelo pode funcionar.

Mas, cada vez mais, parece menos uma escolha de história e mais uma escolha de negócios, como explicado em um novo artigo do New York Post.

Um perigo chamado multiverso

O multiverso parece uma ótima maneira de promover um longa-metragem ou deixar os fãs muito empolgados simplesmente juntando duas ou mais versões de um mesmo personagem amado, mesmo que, em alguns casos, não faça muito sentido.

Quem é o agente do caos da vida real por trás desse conceito estonteante? Foi tudo culpa de um sujeito chamado Carmine Infantino.

Na década de 1960, a DC Comics tinha uma maneira incomum de criar histórias em quadrinhos: a arte de capa era desenvolvida antes da própria história, então o enredo tinha que acompanhar de alguma forma o que estava na capa.

Quando Infantino juntou duas versões diferentes do Flash, Barry Allen e Jay Garrick, em uma mesma arte de capa, surgiu The Flash #123, de 1961, cuja ousada história explica que esses dois velocistas existem em universos diferentes, mas podem interagir.

Desde então, foram muitas as obras que lidaram com o multiverso de alguma forma, com Loki sendo a primeira produção do MCU a tocar nesse assunto com mais atenção. Embora seja empolgante, também é perigoso: com outros vindouros projetos trabalhando com a mesma ideia, há o risco de haver uma grande incoerência entre eles.

Os fãs certamente ficariam muito confusos caso o multiverso tivesse explicações diferentes em Loki e Homem-Aranha: No Way Home, por exemplo, então é um espaço que deve ser explorado com muito cuidado, ou tudo pode ser arruinado.

O multiverso é uma ideia interessante, mas como as histórias em quadrinhos nos mostraram inúmeras vezes, uma vez que as coisas ficam muito confusas, até mesmo um reboot se fazer necessário. Ninguém gostaria que a lógica do MCU ficasse bagunçada a esse ponto.

Loki, da Marvel, está agora disponível no Disney+. Um novo episódio é exibido por semana.

Escolha o Streaming e tenha acesso aos lançamentos, notícias e a nossas indicações do que assistir em cada um deles.