Lançado recentemente pelo Disney+, o filme Luca está fazendo o maior sucesso com o público internacional! Ambientado na Itália, o longa acompanha a história do protagonista titular e seu amigo Alberto, dois jovens monstros marinhos que vivem as maiores aventuras como humanos em terra firme.
O filme é uma produção do diretor italiano Enrico Casarosa, que ficou conhecido por criar o curta-metragem La Luna, que venceu o Oscar de Melhor Curta Animado em 2011.
Desde o lançamento de Luca, inúmeros espectadores enxergaram um subtexto LGBTQ+ na história, embora a Pixar tenha negado a intenção.
O site Screen Rant falou sobre a história; confira abaixo!
Luca é uma história LGBTQ+?
Enrico Casarosa, o diretor de Luca, insistiu que o longa não é uma história romântica, mas uma trama de amizade. O cineasta falou sobre o assunto em uma entrevista ao Screen Rant.
“Queríamos falar sobre aquela época da vida, antes dos namorados e namoradas. Existe uma inocência, e um foco na amizade. Acho que a história seria um pouco diferente e mais complicada se envolvesse romance”, afirmou o cineasta.
No entanto, segundo o Screen Rant, a fala do diretor não leva em conta o fato de que, ser gay, queer ou LGBTQ+ não é simplesmente uma questão de relacionamentos amorosos ou sexo.
Jovens LGBTQ+ normalmente se sentem muito diferentes das outras crianças mesmo antes de desenvolverem os primeiros sentimentos românticos.
Em Luca, o protagonista e Alberto passam por muitas aventuras juntos, um processo que normalmente acontece na vida de jovens LGBTQ+, principalmente os que são rejeitados pela família.
A própria avó de Luca diz que “algumas pessoas nunca vão aceitá-lo, mas algumas vão”.
E Luca e Alberto não são os únicos personagens supostamente queer no filme da Disney+. As duas mulheres idosas inseparáveis que aparecem no início da história também se revelam monstros marinhos na cena climática após a corrida.
Isso sem mencionar a posição de Giulia como amiga e defensora de Luca e Alberto.
Por outro lado, Enrico Casarosa afirmou também que sempre teve a intenção de fazer muitos “desajustados” ou “rejeitados” se identificarem com a trama de Luca.
“O momento que eles ‘mostram o monstro marinho’ e aceitam suas próprias diferenças pode ser uma metáfora para qualquer coisa. A ideia não é específica, mas universal”, comentou o diretor.
Como Luca é um projeto artístico, a interpretação fica por conta dos espectadores. Ou seja, se você enxergar a trama como uma história LGBTQ+, ela é uma história LGBTQ+.
Os paralelos entre a experiência de Luca e Alberto na terra firme e a trajetória da comunidade LGBTQ+ em uma sociedade marcada pela intolerância são inegáveis, e a conclusão da história dos garotos deve ser analisada por cada espectador – independente do que diz a Pixar.
Luca já está disponível no Disney+.