Contém spoilers

Série da Netflix lida melhor com sexualidade de Loki do que Marvel

Produção nórdica Ragnarok traz Deus da Trapaça mais ousado e confortável com seus desejos

Para a alegria de entusiastas do MCU, a série Loki finalmente confirmou o que muitos fãs já sabiam: Loki é bissexual e tem o gênero fluido. A revelação foi encarada com naturalidade pela produção do Disney+, provando que a plataforma lida muito melhor com a diversidade do que os filmes do MCU.

No terceiro episódio de Loki, o protagonista confirma sua sexualidade em uma conversa com a variante Sylvie, no planeta Lamentis-1.

Os dois personagens não discutem a fundo a sexualidade de Loki, mas a série prova que aborda o tema com mais competência que o MCU – mas não chega perto da caracterização de Loki na série Ragnarok, da Netflix.

O fato da Marvel reconhecer a natureza LGBTQ+ de Loki é um passo na direção correta, mas os atos dizem mais que palavras, especialmente dada a maneira que a Disney tratou temas similares nos últimos anos, como o apagamento da sexualidade de Valquíria em Thor: Ragnarok.

Loki bissexual na série da Disney – E na Netflix

O ponto levantado pelo site CBR pode ser confirmado quando Loki e Mobius visitam uma feira renascentista em 1985. Ao invés de voltar a sua atenção para homens e mulheres, o protagonista parece se encantar apenas com as mulheres.

A diferença é muito grande da maneira que a Netflix trata a sexualidade de Loki na série Ragnarok. Na segunda temporada, Laurits encarna a personalidade do deus nórdico, junto com o irmão Magne, que se transforma em Thor.

Loki decide explorar sua própria identidade como híbrido, descendente de gigantes. A cidade nórdica fica feliz com os descobrimentos do personagem, e o anti-herói é encorajado a explorar sua sexualidade.

Assim como qualquer pessoa em busca do amor, o personagem também vive sentimentos negativos, como ciúmes, inveja e perda de controle.

A abordagem da sexualidade de Loki em Ragnarok é bem mais equilibrada e confortável, já que o Deus da Trapaça consegue abraçar completamente seu novo estilo de vida.

Ragnarok não tem as vidas amorosas dos deuses asgardianos como centro da trama, mas faz um ótimo trabalho ao proporcionar uma caracterização decente a um personagem que se identifica como pansexual.

Ou seja, segundo o CBR, a Disney+ ainda precisa aprender muito para abordar a sexualidade de Loki de maneira correta.

O fato de Loki dizer que também se interessa por homens em uma conversa aleatória com Sylvie é um bom passo em direção à representatividade, mas a produção precisa se comprometer mais para criar um arco verdadeiramente genuíno.

Não deixar Loki se relacionar com quem quiser, homem, mulher ou alienígena, seria um grande desserviço para um personagem tão ambíguo, de acordo com o CBR.

Caso Loki seja renovada para a segunda temporada pela Disney+, a série terá a oportunidade de abordar melhor os sentimentos do protagonista.

Loki é lançada semanalmente pela Disney+. Os novos episódios estreiam toda quarta-feira.

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