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Suspense subestimado no Disney+ é ótimo para quem gosta de O Chamado

Filme do mesmo diretor de O Chamado merece uma segunda chance

A Cura
A Cura

Gore Verbinski emplacou grandes sucessos, tendo dirigido Piratas do Caribe e O Chamado. No entanto, seu suspense de 2016, A Cura, não se saiu tão. Apesar disso, ele certamente merece uma segunda chance.

O filme segue a história de Lockhart, um ambicioso executivo que é enviado a um misterioso e isolado centro de bem-estar nos Alpes suíços para buscar o CEO de sua empresa, que enviou uma carta enigmática anunciando sua intenção de nunca mais retornar.

A trama se desenrola em meio a um cenário sombrio e enigmático, onde a fronteira entre a saúde e a loucura se torna cada vez mais tênue.

A premissa de A Cura envolve a exploração do conceito de cura, tanto física quanto mental, em um ambiente que, à primeira vista, parece um paraíso idílico. O sanatório, com suas instalações luxuosas e métodos de tratamento peculiares, esconde segredos perturbadores que começam a ser revelados à medida que Lockhart se aprofunda em sua investigação.

O filme mistura elementos de horror gótico, com referências a obras como O Iluminado e Ilha do Medo, criando uma atmosfera de constante tensão e mistério.

À medida que Lockhart explora o sanatório, ele começa a perceber que os pacientes, que acreditam estar se curando, na verdade estão ficando cada vez mais doentes. A água, que é um elemento central nos tratamentos oferecidos, assume um papel simbólico e sinistro, sugerindo que a “cura” oferecida pelo centro é, na verdade, uma forma de aprisionamento.

Verbinski utiliza a água como um elemento visual recorrente, representando tanto a pureza quanto a corrupção, à medida que Lockhart começa a questionar a realidade ao seu redor.

A Cura
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Mais sobre A Cura

O filme também aborda temas como a obsessão pela juventude e a busca incessante pela perfeição física. Os pacientes do sanatório, muitos deles ricos e poderosos, parecem dispostos a qualquer coisa para recuperar sua vitalidade, mesmo que isso signifique sacrificar sua saúde mental.

A trama se aprofunda nessa crítica à sociedade contemporânea, que muitas vezes valoriza a aparência externa em detrimento do bem-estar interior, explorando as consequências dessa busca desesperada por um ideal inalcançável.

A Cura é notável por sua fotografia deslumbrante, que captura a beleza perturbadora dos Alpes suíços e a opulência sinistra do sanatório e a direção de Verbinski remete à sua obra anterior, O Chamado.

O protagonista, interpretado por Dane DeHaan, é um personagem complexo e ambíguo. Lockhart começa como um executivo cínico e ambicioso, mas à medida que é confrontado pelos horrores do sanatório, ele é forçado a questionar suas próprias motivações e a natureza de sua própria sanidade.

O filme também conta com a presença marcante de Jason Isaacs, que interpreta o Dr. Volmer, o enigmático diretor do sanatório. Isaacs traz uma qualidade sinistra ao papel, interpretando um homem que, sob uma fachada de tranquilidade e benevolência, esconde segredos terríveis.

A narrativa de A Cura é repleta de simbolismos e referências a tradições do horror clássico, mas não entregaremos mais para evitar spoilers.

A Cursa está disponível no Disney+.

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