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Esquadrão Suicida é um sucesso, mas a DC precisa melhorar seus filmes a longo prazo

Vamos tirar o elefante branco da sala: a reputação crítica de Esquadrão Suicida importa, e ela não foi conquistada por conta de algum tipo de conspiração corporativa da Disney e da Marvel. Os críticos simplesmente não gostaram do filme – os fãs, por suas vezes, estão divididos, e isso não é bom tampouco.

Esquadrão Suicida caiu mais se 40% em números de bilheteria entre seu primeiro e segundo dias de exibição. É uma queda preocupante porque não segue o padrão dos grandes sucessos de bilheteria da Marvel (Capitão América: Guerra Civil) e da Fox (Deadpool) nesse ano. É ainda maior que a queda de Batman vs Superman, e a essa altura já ficou claro que os US$872 milhões do filme dos dois heróis não foi o bastante para a Warner.

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Se a recepção crítica afeta a performance do filme e divide os fãs, que em sua maioria não voltam para uma segunda sessão ou não recomendam o filme para os amigos, o que a Warner deve fazer para melhorar seu prospecto nos próximos anos? Porque nesse passo, tanto Batman vs Superman quanto Esquadrão Suicida ganharão seu dinheiro de volta, mas não farão o tipo titânico de sucesso que é necessário para atrair o público para os filmes-solo dos heróis de Liga da Justiça.

No passado, a Warner como estúdio ganhou uma reputação de ter uma política que favorecia o trabalho forte de diretores com visões muito claras, e foi assim também que eles começaram a abordar o universo cinematográfico da DC (Zack Snyder, David Ayer e Patty Jenkins são cineastas de estilo e visual marcantes) – no entanto, com a recepção terrível de O Homem de Aço e Batman vs Superman, a editora/estúdio adotou um modelo que se aproxima muito mais da Marvel do que o anterior, centralizando as decisões criativas em gente como Geoff Johns, Jon Berg e até Ben Affleck.

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Dessa forma, o universo cinematográfico da DC se tornou um empreendimento muito parecido com o da Marvel, que é conduzido por Kevin Feige e Jeph Loeb, não importa quantos cineastas e showrunners passem pelos títulos. Há um bom argumento para se fazer quanto à vantagem desse modelo, especialmente porque decisões criativas unificadas pela visão de só uma pessoa fazem mais sentido em um universo cinematográfico compartilhado do que a multiplicidade de estilos e tons que era anteriormente proposta.

O problema é que a mudança fez descer o inferno na produção de Esquadrão Suicida, que estava na metade das filmagens quando tudo aconteceu (veja mais sobre isso aqui) – as exigências de que o filme ganhasse mais humor, o prazo apertado dado ao diretor David Ayer, que escreveu o roteiro em menos de 2 meses… tudo cheia à má administração, que cortou antes do nascimento um filme potencialmente interessante e o transformou no fantoche do que o estúdio achava que o público (e a crítica) queria.

Não deu certo. Agora, resta esperar Mulher-Maravilha para ver se, após mais tempo com Geoff Johns no comando, o universo cinematográfico DC finalmente se corrige e encontra um caminho – visão, personagens e boas-intenções para isso, a editora/estúdio certamente tem. Esquadrão Suicida chegou aos cinemas brasileiros em 4 de agosto.

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