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Explicamos o final bizarro de Exterminador do Futuro 6

ATENÇÃO: Contém spoilers de O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio

Depois de diversas tentativas de se reacender a franquia e devolver seus dias de glória, O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio chega com a melhor chance até agora. É um filme que não apenas traz grande parte do elenco original de volta, mas também conta com o idealizador James Cameron envolvido na produção e no roteiro – algo que o diretor não fazia desde o segundo filme, entregando-o nas mãos de diferentes criadores e produtoras. Agora, a franquia está em casa, e traz uma parcela de surpresas para seu novo filme.

Como Destino Sombrio ignora os eventos de A Rebelião das Máquinas, A Salvação e Gênesis, ele está relacionado apenas com os dos primeiros filmes. Logo no início, temos a cena chocante em que um novo Exterminador modelo T-800 é enviado para o passado e consegue assassinar o jovem John Connor, para completo desespero de sua mãe, Sarah Connor. Isso muda a linha temporal de forma expressiva, já que agora a luta entre humanos e máquinas no futuro não envolve mais a Skynet, mas sim a inteligência artificial que recebe o nome sugestivo de Legião. É igual à Skynet, mas com um nome mais ameaçador.

O alvo das máquinas agora é a jovem Daniela Torres. Ao longo dos dois primeiros atos, temos a sugestão de que, assim como Sarah, ela será mãe do futuro líder da resistência humana no futuro. Porém, a grande reviravolta vem quando sua protetora, Grace, revela que ela na verdade é a própria líder do lado humano no futuro, reunindo diversos soldados para a causa contra a Legião – tendo inclusive resgatado-a quando ainda era jovem. Não é exatamente uma grande surpresa, afinal ouvimos poucos detalhes sobre o futuro sombrio dessa nova cronologia, mas que chega como uma boa subversão do que havíamos visto no longa original.

O Paradoxo de Grace

O que ocorre de mais inusitado é mesmo em relação à personagem de Grace. A guerreira de Mackenzie Davis é uma humana com aprimoramentos cibernéticos, que lhe conferem força, resistência e agilidade – algo que é bem útil em seu confronto contra o poderoso Rev-9 de Gabriel Luna. Ela se sacrifica para que Dani e os demais possam destruir o exterminador, que sucumbe ao entrar em contato com a fonte de energia de Grace.

Na cena final, temos o momento mais bizarro: Dani observa uma parquinho onde vemos Grace ainda criança, brincando com seus pais. É uma conexão mais forte entre o protegido e seu protetor do futuro, e a cena já estabelece o paradoxo entre as duas: Dani sabe que enviará Grace de volta no tempo daqui há alguns anos, justamente porque a conheceu ali. 

É um caminho muito interessante, e que deixa possibilidades interessantes para os rumos de O Exterminador do Futuro após os eventos de Destino Sombrio. Quem diria, a franquia conseguiu me deixar interessado novamente.

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