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Explicamos o papel de John Connor em O Exterminador do Futuro 6

ATENÇÃO: Contém spoilers de O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio

Depois de diversas tentativas de se reacender a franquia e devolver seus dias de glória, O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio chega com a melhor chance até agora. É um filme que não apenas traz grande parte do elenco original de volta, mas também conta com o idealizador James Cameron envolvido na produção e no roteiro – algo que o diretor não fazia desde o segundo filme, entregando-o nas mãos de diferentes criadores e produtoras. Agora, a franquia está em casa.

Um dos elementos dos filmes originais que está de volta em Destino Sombrio é o jovem John Connor, vivido por Edward Furlong em O Julgamento Final. Foi uma grande surpresa para os fãs, com o diretor Tim Miller anunciando o retorno do ator, recluso e afastado de Hollywood há tempos, para a pele de seu personagem mais famoso – talvez o único realmente relevante em sua carreira. E qual exatamente é o papel de John Connor neste sexto filme da franquia? Bem, os fãs que esperavam algo mais impactante ou participativo ficarão decepcionados, já que ele literalmente morre na primeira cena do filme.

Pois é. Miller realmente iniciou o filme com um estouro ao praticamente invalidar todo o esforço dos heróis em O Exterminador do Futuro 2, que girava na missão de proteger John Connor da Skynet, que enviara o poderoso T-1000 para destruí-lo na década de 90. Quando Destino Sombrio tem início, estamos ambientados apenas um ano após os eventos do filme de 1991, com Sarah e John (rejuvenescidos digitalmente de forma impressionante) curtindo férias em uma praia na Guatemala. Eis que um novo Exterminador T-1800, com a cara jovem de Arnold Schwarzenegger, aparece abruptamente e dispara contra o jovem John. O garoto morre, desolando Sarah, enquanto o androide assassino desaparece. Uma forma e tanto de se iniciar o filme.

O espírito de John

Dessa forma, Sarah Connor passa os próximos 20 anos fugindo do governo e vivendo de forma paranóica. Ela recebe mensagens misteriosas de uma fonte anônima que a alertam da chegada de diferentes Exterminadores, perdidos pela linha temporal. Em um desses incidentes, ela cruza seu caminho com o de Daniela Torres, que é protegida pela híbrida Grace de um implacável exterminador da linha Rev-9; que não faz parte da Skynet, que aparentemente foi efetivamente destruída, mas sim de um novo sistema de inteligência artificial batizado de Legião. Sarah é logo atraído de volta para o conflito, e é aí que temos uma extensão mais simbólica do papel de John Connor no filme.

Descobrimos que as mensagens misteriosas que Sarah recebe vieram de Carl, o Exterminador responsável por matar John no começo do filme. Após completar sua missão, ele se adaptou aos humanos e até iniciou uma família – e mostra-se arrependido pelo o que fez com Sarah. Os dois se aliam para proteger Dani ao lado de Grace, já que Sarah se identifica não apenas com o fato de já ter estado na posição de ser o alvo, mas principalmente ao entender que Dani não é a “mãe do homem que será o salvador da humanidade”, mas que ela própria é a grande figura na guerra contra as máquinas. “Ela é o John”, diz uma Sarah incrédula, e agora a missão se torna mais pessoal: Sarah não pôde salvar seu filho, mas agora sua redenção vem na forma da jovem Dani.

De um certo ponto de vista, o espírito de John Connor vive em Dani, ainda tendo a veterana Sarah ao seu lado como protetora.

O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio está em exibição nos cinemas brasileiros.

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