Filmes, como qualquer outra forma de arte, são feitos para durarem para sempre, destinados a serem arquivados em DVD, flutuando em serviços de streaming ou aparecendo na TV. No entanto, tanto os cineastas quanto os estúdios fazem filmes para sua primeira, maior e mais importante forma de exibição: o cinema.
Contudo, quando o longa-metragem é a sala ficará relativamente vazia até que o filme desapareça da memória e os cinemas ofereçam cada vez menos horários de exibição nas semanas seguintes.
Pior ainda, a apatia do público às vezes pode se transformar em fúria. Um filme pode ter um desempenho tão ruim e ficar tão envenenado pelo péssimo boca a boca que os estúdios ou distribuidores o retiram dos cinemas abruptamente para acabar com o constrangimento. Esse é o caso de Contato de Risco, estrelado por Jennifer Lopez e Ben Affleck.
O fracasso de Contato de Risco
Se Contato de Risco não tivesse sido estrelado por duas das maiores celebridades da época – envolvidas em um relacionamento digno de tabloides – teria sido um filme estranho e esquecível, não um fracasso lendário.
Ben Affleck interpreta um estereotipado gangster de cinema, Gigli, designado por seus chefes do crime para sequestrar o irmão (Justin Bartha) de um promotor federal, obcecado por Baywatch e com deficiência intelectual.
As coisas dão errado, é claro, então os chefes enviam uma agente mais capaz, Ricki (Jennifer Lopez). E eles se apaixonam, embora Ricki seja lésbica e Gigli seja um misógino furioso.
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Essa trama e o relacionamento dos atores fora da tela, que ofuscaram Contato de Risco, lançaram uma competição não oficial entre os críticos para ver quem conseguia dizer as coisas mais maldosas em suas críticas.
O Wall Street Journal chamou o filme de “o pior filme – certo, o pior filme supostamente importante – de nosso reconhecidamente jovem século”, enquanto o Washington Post disse que ele era “entorpecido, frouxo, monótono e, sim, desagradável, brutal e longo”.
De alguma forma, esse filme que consiste principalmente nos personagens de Affleck e Lopez conversando em um apartamento custou US$ 54 milhões para ser feito e foi um fracasso, arrecadando apenas US$ 6 milhões.
Depois de três semanas nos cinemas, o filme foi para seu lugar de descanso final nas caixas de pechinchas de DVDs dos supermercados.
Contato de Risco está disponível no Max.
