Disponível na HBO Max, o filme de romance e drama Ligações Perigosas, de 1988, foi um dos principais projetos com Keanu Reeves ainda no auge de sua juventude. O jovem ator tinha apenas 24 anos na época em que foi lançado e a obra, baseada em uma peça teatral, era carregada de tensão e emoção, mas o astro não conseguia chorar nas cenas necessárias.
O filme ambientado antes da Revolução Francesa acompanha Marquesa de Merteuil (Glenn Close) e o Visconde de Valmont (John Malkovich) destruindo a vida de todos ao seu redor. Reeves interpreta Le Chevalier Raphael Danceny, professor de música de Cécile (Uma Thurman) que acaba se apaixonando por ela.
Para conseguir o máximo da interpretação e sensibilidade de Keanu Reeves, o diretor Stephen Frears fez o ator pensar em sua mãe morta para que as lágrimas começassem a fluir, conforme relata o livro Keanu Reeves: An Excellent Adventure, de Brian J. Robb.
Entendendo a técnica de choro
Segundo a obra literária, uma sequência inicial do longa exigia que Reeves chorasse, mas ele não conseguia e, frustrado com o ator, Frears disse: “Você não consegue pensar que sua mãe está morta ou algo assim?”
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Robb chamou esse momento de Keanu Reeves como o “desafio de atuação mais difícil em sua carreira até agora – fazer as lágrimas rolarem”, mas felizmente, ainda que após várias horas, Reeves finalmente chorou e a cena foi gravada com sucesso.
O livro de Robb afirma ainda que o filme, disponível na HBO Max, teve um período de gravações curto, de apenas 10 semanas, mas o resultado foi um sucesso: apesar da dificuldade nas gravações, o projeto foi indicado a sete categorias do Oscar, faturando três vitórias: melhor direção de arte, roteiro e figurino.
Este foi um dos últimos filmes adolescentes de Keanu Reeves, que logo em seguida começou a se aventurar por longas dos mais variados gêneros, incluindo Matrix, na década seguinte.
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