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Mia Goth estrela outro maluco filme de terror visceral no Max 

Guiados pela curiosidade e pela influência magnética de Gabi, James e Em se aventuram em território desconhecido

Mia Goth no papel de Gabi no filme Piscina Infinita
Mia Goth no papel de Gabi no filme Piscina Infinita

O filme Piscina Infinita (Infinity Pool) está na Max e é necessário ter muita coragem e estomago para chegar até os créditos finais. Na mesma produção também temos a estrela Mia Goth.

Enquanto desfrutam de uma estadia luxuosa em um resort exclusivo localizado em uma ilha remota, James (Alexander Skarsgård) e Em (Cleopatra Coleman) vivem as férias dos sonhos. Com praias imaculadas, serviço excepcional e intermináveis momentos de relaxamento ao sol, o casal se sente no paraíso. 

No entanto, sua idílica tranquilidade é perturbada quando conhecem Gabi (Mia Goth), uma mulher sedutora e enigmática que os convence a explorar além dos limites seguros do resort.

Guiados pela curiosidade e pela influência magnética de Gabi, James e Em se aventuram em território desconhecido, mergulhando em uma cultura submersa em violência, hedonismo e terrores inimagináveis. O que começa como uma excursão emocionante rapidamente se transforma em um pesadelo quando um trágico acidente os coloca em conflito com as leis implacáveis da ilha.

Enfrentando uma política de tolerância zero para crimes, James e Em se veem diante de uma escolha brutal: a execução sumária ou uma alternativa macabra para aqueles que podem pagar — assistir à própria execução através de um doppelgänger criado especialmente para o evento.

Este dilema angustiante força o casal a confrontar não apenas o sistema de justiça cruel da ilha, mas também os limites de sua moralidade e o verdadeiro custo da sobrevivência.

Cena do filme Piscina Infinita

Os limites humanos e cinematográficos

Limites são inerentes à humanidade. Até que ponto podemos ir, fazer, dizer ou esperar? Quem define os limites que não podemos ultrapassar? Nós mesmos? As autoridades? A sociedade? Brandon Cronenberg, cineasta canadense, parece estar especialmente interessado nessas questões em seu novo filme, Piscina Infinita (2023). 

O diretor, aliás, lida com limites desde o início de sua carreira. Sendo filho do renomado David Cronenberg, Brandon se mostra um realizador seguro ao escolher gêneros e temáticas semelhantes às exploradas por seu pai. Esse é um movimento arriscado, pois o jovem diretor poderia ter sua originalidade ou talento questionados facilmente. No entanto, Brandon tem estabelecido uma clara distinção entre sua filmografia, seus interesses enquanto artista, e o trabalho de seu pai.

Enquanto David Cronenberg se tornou célebre explorando o horror corporal, com elementos sobrenaturais e uma grande atenção ao sexo e às relações entre carne e máquinas, Brandon adota uma abordagem mais fria e racional, tanto na criação de seus universos quanto na abordagem da sexualidade e violência. 

Em outras palavras, os mundos e relações presentes em filmes como Videodrome – A Síndrome do Vídeo (1983) e A Mosca (1986) parecem quentes, emocionais e, sobretudo, factíveis. Já as realidades mostradas em Antiviral (2012), Possessor (2020) e Piscina Infinita são gélidas, cartesianas e, acima de tudo, artificiais. 

Não por acaso, a trama do filme mais recente do Cronenberg filho se passa em um país fictício, Li Tolqa. O diretor poderia ter escolhido não nomear o lugar, mas o fato de tê-lo feito apenas reforça o quanto o filme se preocupa com questões como artificialidade, construção e, novamente, limites.

Assista ao trailer de Piscina Infinita que está na Max:

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