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Já vimos: Aliados, com Brad Pitt, promete espionagem à moda antiga

A Paramount Brasil proporcionou uma sessão de 20 minutos de Aliados, novo filme do diretor Robert Zemeckis (vencedor do Oscar por Forrest Gump), e pelas cenas vistas, o longa estrelado por Brad Pitt e Marion Cotillard tem grandes pretensões.

Aliados narra a história de um casal de espiões (Pitt e Cotillard) que se conhece durante uma missão na Segunda Guerra no Marrocos e logo se apaixonam. Quando voltam casados para a Europa, surgem suspeitas de que a moça é na verdade uma espiã dupla. Nessa situação, seu marido terá pouco tempo para provar a inocência de sua companheira, caso contrário terá que eliminá-la.

Os 20 minutos projetados correspondiam ao início da trama, mostrando o envolvimento da dupla no norte da África. Nesse pouco tempo de filme, que ainda nem possui seu corte final, dá para perceber que Aliados se destoa dos longas atuais de espionagem. Diferente do ritmo extremamente acelerado das produções recentes, o filme de Zemeckis parece não ter pressa para apresentar seus protagonistas e criar uma sólida relação entre eles, e num jogo bastante sedutor, o longa lembra as aventuras de guerra com um toque de romance presente nos grandes filmes dos anos 1940, como Casablanca ou Uma Aventura na Martinica.

Como o filme se passa justamente nessa época, seus personagens realmente parecem sair dos filmes desse período. Brad Pitt constrói um protagonista gélido, que faz lembrar em certos pontos a persona de um Humphrey Bogart. Já Marion Cotillard, desde o início, oferece uma atuação envolta de sedução e mistério, que remete aos encantos de uma femme fatale. Se os trailers de Aliados prometem grandes cenas de ação e tensão, aqui pode se notar que a relação entre os atores será um dos pontos chaves do filme.

Algo que pôde ser notado, mesmo com o trecho visto não estar finalizado e não ter correção de cor adequada, nem trilha sonora e efeitos especiais completos, é que o filme buscará um rebuscamento técnico e estético na representação daquele período. Num trabalho de caracterização preciso, Robert Zemeckis como um grande nome dos efeitos especiais, tenta passar toda uma magia na construção daquela trama. Como a rebuscada cena de amor no deserto marroquino, um filme com uma pretensão digna do trabalho do diretor.

Um longa com nomes como Brad Pitt, Marion Cotillard e Robert Zemeckis é pretensioso por excelência. Dessa maneira, a tentativa de recontar uma tensa história de espionagem, que poderia ser comum, ganha em Aliados bastante interesse, parecendo mesclar as possibilidades técnicas e estéticas da atualidade com um respeito referencial aos filmes do mesmo gênero do passado. Pelo pouco visto, Aliados é um filme que merece atenção e dá para entender suas apostas como possível indicado ao Oscar – agora resta saber se o longa finalizado concretizará essas expectativas.

Aliados será lançado no Brasil em 1º de dezembro.

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